Crise Fabricada para Derrubar Governo?
Nino Bellieny 06/08/2015 13:21
Artigo
NinoBellieny Observo há algum tempo as notícias sobre a "crise". E aquelas que escapam do círculo de ferro de uma mídia onipresente e mastigada, revelam outros sinais. Alguns exemplos: " Bradesco compra o HSBC por R$ 17,6 bilhões.", "BTG Pactual anuncia  lucro líquido de 1,02 bilhão de reais no segundo trimestre, alta de 6,34 por cento ante igual período do ano passado" e para fechar, mais um: "O Brasil vai bem”, disse em Paris, Georges Plassat, presidente mundial do Carrefour, na apresentação do balanço semestral do grupo francês: “Não vejo em que a crise atual no Brasil seria um indício muito mais desfavorável do que pudemos constatar na Europa”. O CEO do Carrefour arremata com uma frase que muitos querem ignorar: “A crise no Brasil é mais de natureza política”. Dirão os apressados: "Bancos desconhecem crises". Responderão outros mais lúcidos: Bancos quebram sim, sobretudo quando a crise é real.  E essa de agora é real? Uma crise feita para derrubar governo? Exemplos de sucesso financeiro continuam pipocando. Pelo outro lado, empresas, grupos, instituições e pessoas que, já caminhavam tropegamente há anos, são as que mais gritam "Crise, crise!". Entre estes, disfarçados de patriotas, os políticos, cuja sede de poder é infinita. Se não é o lado detentor o deles, se não podem usufruir das benesses, satisfação não existe. Fabricantes de crise querem apenas vantagens e lucros. crise Não se trata de torcer por lado A ou lado B. Quem está hoje no poder, tem suas histórias complicadas, suas armações ilimitadas também, como os que estiveram lá e amanhã poderão estar outra vez. Indo um pouco além do dito pelo presidente do Carrefour, a crise é sobretudo moral. Batizado pela corrupção desde a chegada dos colonizadores, o país institucionalizou a prática. Sangrar até morrer. Como é gigantescamente robusto, dá-se a impressão que esta morte é mais para a frente, pode-se arrancar-se todos os frutos desta terra onde plantando-se, tudo dá. E não é assim. Operações policiais no lugar de transformações políticas começam a abrir as cortinas do futuro, pois, as do passado, cerraram-se. Um novo olhar espera-se do brasileiro. O da certeza de saber quando está sendo manipulado, de juntar as sílabas, formar novas palavras e entender as frases, texto e contexto. Prestar atenção ao redor, sair do próprio umbigo e notar os perigos de acreditar em tudo sem  nada questionar. Reclamações nunca deixarão de existir. Enquanto estes reclamam, outros agem e não se intimidam com um fantasma empurrado para dentro das casas, principalmente pelas emissoras de tv e as gargantas repetidoras de seus apóstolos do caos. O Brasil não está no buraco como querem obrigar a acreditar. Continuar a trabalhar, estudar, planejar, fazer e amar esta terra é o caminho. Conhecer as armadilhas, evitá-las, não disseminá-las como arautos da desgraça na crença do quanto pior melhor, é não render-se à uma crise mais uma vez encomendada para derrubar governos e principalmente, enriquecer e dar poder cada vez mais a poucos. A crise foi fabricada, logo existe. Claro. E pode tornar-se maior. Depende de todos não deixar acontecer. Mesmo com tanta torcida para uma queda mais profunda. Leia mais, questione mais. Você ainda tem cérebro. Use-o a seu favor.

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