Bateu o desespero
José Paes 05/08/2015 15:40

Bateu o desespero no Secretário municipal de governo, Anthony Garotinho. Nos últimos dias, diante da repercussão altamente positiva da campanha deflagrada pelo Observatório social, “Royalties: não venda meu futuro”, o ex governador se utilizou dos veículos de comunicação que ainda baixam a cabeça para os seus quereres, a fim de tentar justificar a injustificável venda do nosso futuro para bancos internacionais.

Como sempre, sobraram ataques pessoais, de todos os níveis, mas faltaram explicações convincentes sobre a legalidade, necessidade e razoabilidade da venda dos royalties futuros a que o nosso município tem direito.

Na visão do Garotinho, nós, que lutamos pela preservação do futuro da nossa cidade, somos um “grupo da maldade”, que espalha mentiras e deseja a instalação do caos no município, apenas com objetivos eleitoreiros. Será mesmo, Garotinho?

Fomos nós que, nos últimos 25 anos, gastamos como se não houvesse amanhã, não se preocupando em criar reservas para eventuais momentos de dificuldade como esse que enfrentamos? Fomos nós que gastamos com CEPOP, shows milionários, cidade da criança, arcos da beira valão, dentre tantas outras obras de qualidade e preços duvidosos? Fomos nós que abandonamos nossa principal atividade econômica, a agricultura, fazendo o município cada vez mais dependente dos royalties? Fomos nós que deixamos os interesses da cidade em segundo plano, para focar em projetos pessoais de poder? Não Garotinho, não fomos nós, foram vocês.

Maldade, é depois disso tudo que vocês fizeram, ainda quererem vender o futuro da nossa cidade para os bancos, a fim de tapar os rombos que vocês deixaram para trás. Você diz que o dinheiro da venda dos royalties servirá para pagar fornecedores e empreiteiros, retomar obras, recontratar prestadores de serviço demitidos e manter programas. Omite da população, contudo, que o orçamento do município não voltará ao padrão do passado no curto prazo. Assim, quando vocês acabarem de torrar o dinheiro de mais esse empréstimo, não haverá como tocar tudo isso que você promete retomar, já no curto prazo.

Você diz que o município pagará apenas 10% do que receber de royalties, ao ano, aos bancos, para quitar o financiamento. Omite, propositalmente, contudo, por quantos anos isso acontecerá e o quanto o município perderá para pagar os juros dessa operação.

Uma coisa é certa, Garotinho, nós não temos de você e dos seus ataques. Vamos continuar esclarecendo a população sobre o absurdo da venda do futuro do nosso município. Maldade, seria deixar vocês fazerem isso em silêncio.

Artigo publicado na versão impressa da Folha do dia 30.07.15

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