Ciente das pesquisas que mostram o desgaste do grupo rosáceo, o líder superior resolveu tirar uma carta da manga. Produziu cartilhas, criou um jornal para circulação interna (O Campista) e lançou Núcleos de Organização Social (NOS). A tática de aglutinação e doutrinação, que já foi utilizada por outros líderes em várias partes do mundo, consiste em formar grupos de sete pessoas para dar sustentação política.
A cartilha explica que o governo é vítima de ataques injustos e precisa ser defendido. Assim como outros líderes já fizeram nos quatro cantos do mundo, o comandante rosáceo divide a cidade entre o bem (rosáceos e simpatizantes) e mal (não-rosáceos e mídia que não reza a cartilha). Ciente de que falta embasamento aos liderados, a ideia é distribuir jornais com as informações que interessam e transformar os membros em disseminadores da filosofia cor de rosa. No final da cartilha, ainda podemos ver a foto do líder com o braço erguido, no estilo Mussolini.
No papel é lindo. Pelas contas do líder, cerca de 140 mil podem girar em torno dessa cartilha, o que decidiria a eleição de 2016. Porém, neste mundo cada vez mais conectado, fazer lavagem cerebral e dominar ovelhas não é uma tarefa das mais fáceis. O que seria de Hitler se os alemães pudessem trocar mensagens e debater no WhatsApp?
A estratégia do NOS demonstra que alguns líderes da nossa planície carecem, com urgência, de uma reciclagem.
Em seu perfil no Facebook, Victor Montalvão publicou um vídeo sobre a cartilha rosácea. Confira a postagem e clique para acessar o vídeo na rede social: