Treino de elite
Marcos Almeida 21/07/2015 10:55

mara-1-adriana-e-claudio-e1437137394711Parte de matéria sobre treinamento de Adriana Aparecida da Silva, medalha de prata na Maratona Feminina do Pan (aqui), em falas dela e do seu treinador Claudio Castilho, mostrando que para atletas de elite muda-se consideravelmente o volume, a intensidade, assim como o tempo de recuperação entre os estímulos, diante destes organismos especiais.

CLAUDIO CASTILHO – Diferentemente das preparações anteriores, fizemos um bloco especial de apenas oito semanas. Poderia ser considerado pouco tempo se não contarmos o fato de que ela fez uma preparação maior, de 14 semanas, para correr a maratona de Nagoya no inicio de março. O foco foi basicamente em otimizar e poupar o corpo da Adriana, já que havia uma boa base e ela ainda vai disputar mais uma maratona neste ano, em outubro, no Campeonato Mundial Militar na Coreia. Mudou algo em relação a outros períodos de treinamento? Houve uma preocupação maior para equilibrar o trabalho de percepção e força muscular como um fator preventivo. Ela sofreu muito após os jogos de Londres. Teve lesões que acabaram causando pequenas interrupções durante sua preparação, principalmente chegando na reta final, quando atingimos volumes de quilometragem semanal alta, média de 210 km por semana. Já nesta preparação, fizemos apenas dois longos de 40 km, alternando ritmos dentro da mesma sessão, nunca como apenas treinos contínuos. Antes da maratona em que quebrou seu recorde pessoal, a senhora fez um treino de 28 km puxada por homens em ritmo muito forte. Repetiu a dose agora? Por que? ADRIANA APARECIDA DA SILVA – Desta vez, não. Tivemos duas razões para isso: 1) Treinei as quatro semanas finais, das oito totais do bloco especial, sozinha na altitude de Paipa, e o Cláudio não tinha como mandar atletas homens para realizar este trabalho comigo. 2) A outra é que na altitude não dá para treinar o longo em ritmo de prova, considerando que estava a 2.600 m e os meus longos o Cláudio pedia para eu subir e realizar a 3.200m, ainda mais alto. Desta vez, ele colocou um treino na segunda-feira  pré-prova, dois dias após minha descida. Forem três 3 tiros de 5km em que eu tive a companhia de dois atletas que treinam no grupo. Foram ritmo progressivos de um para o outro, começando o primeiro a ritmo de 3’36”km e finalizando o último sub 3’30” de média. Fonte: http://rodolfolucena.blogfolha.uol.com.br

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    Marcos Almeida

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    Marcos Almeida é assessor esportivo, especialista em Ciência da Musculação e mestre em Ciência da Motricidade Humana.

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