Jacaré no Seco Caminha?
Nino Bellieny 17/07/2015 13:37
  Artigo publicado em 24/09/2014, próximo das eleições para deputados, senadores, governador e presidente, (no antigo endereço do BNB), retorna agora e aqui na Folha da Manhã Online, [caption id="attachment_3549" align="alignnone" width="300"]Ft-Let Pacheco Ft-Let Pacheco[/caption] (de audiência muito maior), com um tema cada vez mais atual, ( e que, sempre continuará, infelizmente). Aproveite e responda para si: qual foi a última vez em que você esteve com o candidato de fora, ganhador do seu voto? O ELEITOR E O JACARÉ NinoBellieny Você pegaria carona nas costas de um jacaré? Provavelmente, não, mas, quando acolhe um candidato de fora da sua cidade, trabalha por ele e nele vota, é isso o que você está fazendo. São muitos os perigos. O jacaré pode sacudir a cauda e derrubá-lo, você pode escorregar, e ser alimento dele, ou simplesmente o bicho sumir e só voltar depois de quatro anos. Dirá você que é melhor correr tais riscos, do que acreditar em alguém da terra e ele se comportar como um jacaré-do-papo-amarelo, por ser conhecido, dar a impressão de ser amigo e fazer o mesmo que o estranho faz. Não se trata de jacarés, nem cágados, jabutis ou tartarugas e sim, de cidadãos. Quando este coloca em primeiro lugar o interesse pessoal, trabalhando por benesses imediatas ou promessas futuras para a sua família, assina um contrato invisível no qual abre mão de melhorias em sua rua, bairro e cidade. O candidato-forasteiro em quem ele votou seja por qualquer tipo de escambo, volta para o habitat dele sem nenhum compromisso com a realidade onde esteve durante a campanha e gastou alguns caraminguás caçando votos e capturando almas. Talvez por isso, Muriaé-MG, seja hoje um grande exemplo de conscientização do eleitor, à cada época elegendo dois ou mais representantes para o legislativo e o congresso, resultando em grandes conquistas para o município. O Hospital do Câncer é fruto desta conjugação de ideais e a cidade avança, se transformando num importante polo gerador de progressos na Zona da Mata. Enquanto isso, em Itaperuna, dotada de um centro avançado de saúde, polo universitário e centro do Vértice Sul – ( Marco central do Noroeste do Rio, Sul do Espírito Santo e Zona da Mata Mineira, assim batizado pelo empresário Luis Adriano Silva), antipatias antigas, ambições pessoais, desacordos e acordos mal calculados e um ciúme visível de quem está ou pode chegar ao poder, divide o voto, fracionando para quem é da terra e tornando-se valioso para os de fora. Um voto levado embora, vale por dez que poderiam ficar. O candidato local, antipático ou simpático, critérios que, infelizmente ainda impulsionam a decisão do eleitor, tanto quanto o poder econômico despejado, será sempre melhor do que o forasteiro. É aqui que vive, tem as raízes, a família, conhece as necessidades e pode fazer muito pela cidade e região, como uma opção natural. A escolha é do eleitor. As futuras reclamações sequer chegarão aos pés dos ouvidos do estrangeiro-catador-de votos e o município continuará a andar com passos de tartaruga esperando mais um jacaré para pegar carona. Hora de pensar com a própria cabeça e não com o coração ou os bolsos.

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