Entreposto ainda não tem prazo
02/06/2015 21:06

Arnaldo Neto
Foto: Valmir Oliveira

A construção de um entreposto pesqueiro, em Atafona, parece que ainda vai se arrastar por algum tempo. Um convênio assinado em fevereiro de 2009 entre empresas do Grupo X e a Prefeitura de São João da Barra estabeleceu este plano compensatório à pesca da região. No entanto, as obras estão paradas. Além da não conclusão do entreposto, moradores da localidade reclamam que uma rua foi isolada desde o início das obras e tem atrapalhado o cotidiano.

Mesmo com o fim do “império X”, a expectativa da comunidade pesqueira era da conclusão da obra. A Colônia de Pescadores Z-2, de Atafona, participou das fases iniciais do projeto. A primeira planta apresentada seria de um entreposto industrial, com esteira para descarga de peixe, sala de máquinas, túnel de congelamento, gabinete de higienização entre outros ambientes e equipamentos. No entanto, de acordo com o presidente da Colônia Z-2, Eliado Meireles, as mudanças já foram apresentadas. “A obra será concluída com entreposto pesqueiro artesanal e não industrial, conforme sonho do governo passado junto com as empresas X. Para a classe pesqueira o projeto é interessante porque terá óleo subsidiado, gelo mais barato, câmara frigorífica, entre outras coisas”, afirmou Elialdo.

A Prumo Logística agora está envolvida no projeto. De acordo com a assessoria da empresa, a Prumo, por meio da sua subsidiária Porto do Açu Operações, em conjunto com Ferroport, e a Prefeitura Municipal de São João da Barra discutiram e aprovaram um novo escopo.

— Encontra-se em fase de elaboração, pela empresa de consultoria Franchini e Vivas Consultoria e Engenharia Ltda. o projeto básico detalhado, que deverá ser posteriormente submetido à avaliação e aprovação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Caberá à Porto do Açu Operações e Ferroport a conclusão das obras do entreposto, com base no projeto adaptado em fase de desenvolvimento — afirmou a empresa, através de nota.

Ainda de acordo com a Prumo, até o momento foram investidos cerca de R$ 3,5 milhões nas obras, o que inclui os custos com a aquisição dos terrenos. Somente após a aprovação do projeto básico, será possível estimar o valor final do investimento relativo à conclusão do entreposto pesqueiro.

Rua está isolada desde início da construção

Não é apenas o fato de o entreposto não ser concluído que tem causado insatisfação da população. Moradores também reclamam que desde o início da obra uma rua, a Francisbilio Nunes, foi isolada.

O comerciante Mário Rocha dos Santos, que trabalha no local há 30 anos, afirma que têm amargado prejuízos desde que o acesso ao seu bar foi bloqueado. “Essa rua não pode ficar assim, não é apenas pelo meu bar, prejudica os pescadores também. Estive com o secretário de Pesca e ele demonstrou interesse em solucionar essa questão”, afirmou.

O morador reclama ainda das condições de abandono do terreno, causando risco com insetos e outros animais.

A equipe de reportagem tentou contato com a Prefeitura de São João da Barra, para saber a situação da rua bloqueada, mas até o fechamento da edição não houve resposta.

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