Acima de qualquer projeção negativa, tem chamado a atenção o elevado número de imóveis fechados em Campos, disponibilizados para venda e aluguel. Boa parte dessa oferta é resultado do acúmulo de estabelecimentos comerciais que cerraram as portas sem que aparecessem interessados em abrir outros negócios.
Consequência da crise econômica que atinge o país e da ausência do executivo municipal na busca de alternativas de combate à estagnação, os imóveis oferecidos estão não apenas nas ruas centrais mas, também, em bairros valorizados. Em outra vertente da crise, para renovar contratos de aluguel muitos proprietários estão sendo obrigados a aceitar reajustes para baixo.
Sobre a grave situação ainda sem data de validade, o caderno Folha Domingo desta semana publicou ampla matéria, com abordagem, também, do crescimento da inflação (acumulada em 8,47% em 12 meses – a maior desde 2003) e do fechamento de mais de 100 mil postos de trabalho.
Advertindo que alguns alimentos chegaram a subir até 100% em 2015, a matéria destacou o aumento na conta de luz como um dos grandes vilões da crise, com o consumidor tendo que arcar com reajuste médio de 58% em 12 meses.
Vale lembrar que há dois anos o governo anunciou em cadeia nacional uma redução na tarifa de energia de 18% para residências e até 32% para comércio e indústria, com a presidente Dilma repetindo em seguidos pronunciamentos que “com a medida o Brasil passa a viver uma situação especial no setor elétrico, sem qualquer tipo de estrangulamento no curto, médio ou no longo prazo”.