CPI do Rombo vai sair do papel?
Alexandre Bastos 22/06/2015 00:22

A Câmara de Campos, que na semana passada não realizou sessões por conta do sumiço coletivo da bancada rosácea, deve contar com debates quentes nesta semana. Nos bastidores, vereadores a oposição e do bloco independente se preparam para abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) com a missão de investigar o "rombo" de R$ 109 milhões auditado pelo governo Rosinha Garotinho (PR) em 2013 e que teria sido gerado durante sua primeira administração municipal, entre 2009 e 2012.

Além dos cinco vereadores da oposição (Rafael, Fred, Marcão, Nildo e José Carlos), pelo menos cinco "independentes" (Gil Vianna, Magal, Albertinho, Dayvison e Alexandre Tadeu ), estariam dispostos a assinar. Vale lembrar que são necessárias nove assinaturas.

Aliado da prefeita quer ser relator - De olho na polêmica e disposto a entrar no "jogo", o vice-presidente da Câmara de Campos, Thiago Virgílio (PTC), comentou sobre a CPI no Facebook e informou que deseja ser o relator. Porém, o alvo de Virgílio, mais uma vez, é o ex-vereador Nelson Nahim (PSD). "Também vou assinar, e quero ser o relator. Já tenho vários indícios que comprovam que foi na época do prefeito interino Nelson Nahim", comenta Virgílio.

Nahim fez desafio: Em abril, quando o secretário de Governo, Anthony Garotinho, insinuou que o "rombo" teria sido gerado na gestão do seu irmão, Nahim fez um desafio: “Faço um desafio ao secretário Garotinho: prove, com documentos, que eu autorizei alguma transação com recursos públicos. O secretário precisa ir além das palavras. Espero que ele apresente documentos ligando o meu nome a a qualquer operação financeira deste tipo. Além disso, espero também que ele comprove que eu tenha solicitado que fossem feitas essas transações. Se não provar nada, vamos ter que levar a discussão para o campo judicial”, afirmou Nahim, sem obter uma resposta do irmão, que optou pelo silêncio.

Tática dos rosáceos - Na semana passada a coluna "Ponto Final" informou que os articuladores do governo já manobravam para impedir que opositores e independentes abrissem a CPI. "A ideia é se adiantar e propor CPIs antes da oposição, enchendo a pauta e deixando a CPI da oposição no fim da fila", informou a coluna na última terça-feira (16). Ontem (21), o vereador Thiago Virgílio já avisou que a tática foi colocada em prática. "Tem que entrar na fila. Têm cinco pedidos de CPI na frente".

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