Ainda bem que é ficção
Alexandre Bastos 13/06/2015 11:40
Do blog "Eu penso que/Ricardo André Vasconcelos (aqui)
Na "Babilônia" de Gilberto Braga tem um personagem que sonha  chegar ao Palácio da Guanabara e à Presidência da República. Ele é Aderbal Pimenta, prefeito da fictícia Jatobá, uma cidade do interior do Estado do Rio de Janeiro que enriqueceu por conta do petróleo.  Pimenta (Marcos Palmeira) vive às voltas com obras mirabolantes e tenebrosas transações com empreiteiras. Já pôs fogo na rodoviária, só para justificar a construção de uma nova, e agora projeta uma arena multiuso, tipo o célebre Coliseu romano, orçado em R$ 200 milhões. Dias atrás, numa reunião com representantes da empreiteira em que ficou acertado o valor da obra, os personagens da novela combinaram os "aditivos"  e fixaram em 10%, ou seja, R$ 20 milhões, a comissão que vai, em dinheiro, para os bolsos do prefeito.  Além de corrupto,  Aderbal é evangélico de araque.
Anos atrás, uma cidade verdade - Campos dos Goytacazes - construiu uma obra, também de verdade, o CEPOP, pela metade do preço e provavelmente dentro dos mais rigorosos preceitos legais. O orçamento original (reveja aqui) era de R$ 69 milhões, mais vieram os aditivos...
Ainda bem que ficção é ficção e realidade é realidade.

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