Rosáceos não obedecem Garotinho e "empréstimo" sai da pauta
Alexandre Bastos 09/06/2015 20:27

Vereadores da base governista manobraram nos bastidores e o projeto que pretende antecipar receitas, em torno de R$ 1 bilhão, foi retirado da pauta durante a sessão desta terça-feira (09). Deixando a submissão de lado e dispostos a peitar o líder, um bloco avisou que não aprovaria o projeto sem uma ampla discussão sobre quais seriam os pagamentos realizados com o empréstimo. Correndo contra o tempo, os articuladores do governo tentaram reunir pelo menos 13 parlamentares, o que garantiria a aprovação, mas o risco era grande e o governo recuou.

Os articuladores do governo não tinham certeza sobre o posicionamento dos seguintes membros da bancada rosácea: Gil Vianna (PR), Albertinho (Pros), Jorge Magal (PR), Dayvison Miranda (PRB) e Alexandre Tadeu (PRB) e Genásio (PSC). Além disso, já eram dados como certos os cinco votos contrários da oposição (Nildo, Rafael, Marcão, Fred e José Carlos). Para completar, o governo ainda não conta com vereador Paulo Hirano (PR), que está de licença médica.

Em busca de 13 votos para aprovar o "cheque especial", os articuladores partiram em busca da vereadora Auxiliadora Freitas (PHS), que por recomendação médica estava em casa, de repouso, após uma crise hipertensiva na noite de ontem. Porém, o repouso teve que ser interrompido e a vereadora foi convocada as pressas para votar. O problema é que nessa altura do campeonato o governo já não tinha certeza se contaria com 13 votos. Sendo assim, o presidente encerrou a sessão e as discussões ficaram para amanhã.

Emenda - No início da sessão o vereador Marcão (PT) informou que irá apresentar uma emenda ao projeto que pretende liberar o "empréstimo". Segundo Marcão, o governo deve dar garantias de que os próximos gestores não ficaram responsáveis por prestações. "Tem que quitar tudo até o fim de 2016", diz Marcão.

Articuladoras - Nos corredores da Câmara, as irmãs Linda Mara e Dinalva, que possuem um canal direto com o líder e a prefeita, tentavam de todas as formas viabilizar a votação.

Em maio, "rolo' enguiçou - Esta não é a primeira vez que o "rolo compressor" enguiça. No dia 04 de maio a Câmara de Campos realizaria uma sessão extraordinária para votação, em segundo turno, do Projeto que transformava os superintendentes em ordenadores de despesas.  Porém, por conta de desfalques no “rolo compressor”, que colocavam a aprovação do projeto em risco, a sessão foi adiada. Posteriormente, após uma conversa com o líder, o "rolo" aprovou a matéria.

Fogo de palha? - Resta saber se o grupo que "peitou" o líder vai continuar cobrando um amplo debate sobre o "cheque especial" de R$ 1 bilhão, ou esse bloco "independente" irá deixar o embate de lado em troca de um "carinho" do líder.

Desespero - Nos bastidores, os principais nomes do grupo rosáceo não escondem que, sem o "cheque especial", a Prefeitura entra em estado de falência. Sem o dinheiro, além da paralisação de todas as obras, programas como Cheque Cidadão e Campos Cidadão sobem no telhado.

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