Para Avelino, professores são manipulados e querem "desgastar o governo"
Alexandre Bastos 23/05/2015 14:09

Em mensagem enviada ao blog, o jornalista Avelino Ferreira, que atualmente é assessor na Câmara de Campos, também comentou sobre a manifestação dos professores. Confira:

"Caro Bastos,

Se numa empresa 47% dos empregados faltarem ao trabalho, por certo, irá À falência. Não um dia, uma semana, mas quase que permanentemente. Sou professor e sei das benesses que a categoria tem. Os salários são baixos, realmente, levando-se em conta que um jornalista, por exemplo, ganha R$ 5 mil mensais e um professor em sala de aula ganha apenas R$ 3.300 pelo mesmo tempo de serviço. Cada professor pode faltar três dias por mês sem problema. Quanto às condições de trabalho, realmente, os professores não gozam dos benefícios que têm, por exemplo, os jornalistas. Recebem comida, lanches e almoço, como os jornalistas recebem, mas falta um carro, por exemplo, para buscá-los e levá-los em casa. Quando estamos insatisfeitos, como é o caso do Santos, cuja mulher é professora municipal, pedimos demissão e, claro, buscamos um emprego melhor. Talvez, nesse caso, uma escola particular, que deve pagar muito mais que o salário que a Prefeitura paga. E deve oferecer um almoço melhor, um lanche bem diversificado. Parece sarcasmo, mas não é. Ao contrário, defendo os professores desde a primeira grande greve da categoria, em 1978/1979, quando grande parte recebia um salário mínimo e, às vezes, menos. Todavia, quando insatisfeito, deixei meus empregos. Para aqueles que porventura digam que digo isso porque faço parte do grupo político liderado por Garotinho, que fique claro que sempre estive com Garotinho e nunca ocupei cargos públicos até 2008, quando fui nomeado por Roberto Henriques e fiquei 43 dias e, depois, em 2009, quando fui nomeado por Rosinha e, em 2013, por Edson Batista, na Câmara. Ou seja, não é por ocupar algum cargo público que estou com Garotinho, pois ele foi deputado, prefeito, mais uma vez prefeito, governador, secretário de Estado e nunca fiz parte de suas equipes de governo. Para mim, a questão é simples: estou insatisfeito, peço demissão. Meu salário de professor é de menos de R$ 1.200. Continuo lecionando porque quero, pois não sou obrigado. Ou por incompetência para conseguir um emprego melhor, caso esteja insatisfeito, o que não é o caso até o momento. Ou o que desejam os professores municipais, em verdade, não é nada mais que desgastar o governo, mesmo que para isso deixem se manipular por um pequeno grupo de provocadores frustrados por nunca conseguirem de seus colegas do Estado o crédito (nunca tiveram) para uma greve".

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