Quem poderá defender?
Alexandre Bastos 19/05/2015 21:23

Em dezembro do ano passado o vereador Abdu Neme (PR) usou a tribuna e prometeu um "rolo compressor" mais ativo em 2015. "Vamos ter uma nova postura, com cada vereador governista ciente de todas as ações da prefeita Rosinha Garotinho. Se a oposição gosta de falar, vai ter que começar a ouvir. E cada vereador aliado vai ter que estudar e subir na tribuna para rebater”, disse Abdu (aqui).

Cinco meses depois, a promessa continua no papel. Na prática, poucos aliados aparecem para defender o governo Rosinha. Mesmo com "munição" de sobra, já que a Prefeitura tem produzido dezenas de matérias sobre as áreas que estão na mira da oposição, poucos rosáceos fazem o "dever de casa". Nos eventos organizados pelo governo os aliados são praticamente obrigados a atacar a oposição. Os discursos até saem, mas o constrangimento é nítido.

Tirando os rosáceos que  caminham com o casal Garotinho desde a época em que todos cabiam em uma Kombi, e continuam defendendo com unhas e dentes, fica nítida a existência de uma enorme "tropa auxiliar". São figuras que fizeram parte de governos anteriores e farão de tudo para continuar atuando em novas gestões. E como ensina Nicolau Maquiavel em seu livro "O Príncipe", o líder nunca pode depender de "tropas auxiliares e mercenárias".

Agora, na hora do aperto, sem o "estímulo" necessário, esse tipo de aliado não funciona.

Ou seja, o líder vai pagar caro pela falta de oxigenação do grupo e por ter montado uma máquina com o auxílio de tropas mercenárias.

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