Ao acompanhar o vídeo da "votação relâmpago", durante a sessão desta terça-feira (12) da Câmara de Campos, é possível notar a agilidade do presidente da Casa, Edson Batista (PTB), que comandou a aprovação, em segundo turno, da transformação dos subsecretários e superintendentes em ordenadores de despesas, sem abrir a discussão.
Visivelmente revoltado com a atitude do presidente da Casa, o vereador Rafael Diniz usou a tribuna e protestou: "Na hora que o secretário Garotinho ocupa este plenário, o presidente permite que ele fale o tempo todo. Isso é inadmissível: um vereador eleito não poder falar na casa do povo. Se quer votar contrário ou aprovar, é um direito de cada vereador. Mas eu tive 4.384 votos e quando eleito, sou vereador de toda a cidade de Campos. Não posso admitir, com todo respeito a vossa excelência, que o presidente corte a palavra de um vereador. Não sei como vossa excelência se posicionava na Ditadura, mas o que fez aqui hoje mancha a história desta Casa. Não podemos permitir isso. Vossa excelência tem a obrigação legal e principalmente moral de me conceder a palavra", disse Rafael.
Após o desabafo na tribuna, o vereador foi aplaudido e o presidente avisou: "Se repetir esse ato de manifestação no plenário, solicito a segurança que tome as providências devidas".