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Presidente da Câmara criticou trabalho da comissão especial da reforma política.[/caption]
Depois das críticas e da pressão do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), a comissão especial da reforma política adiou para a próxima segunda-feira (25) a votação do tema. O anúncio foi feito nesta terça-feira (19) pelo presidente da comissão, Rodrigo Maia (DEM), e gerou reações dos integrantes da comissão, que estão preocupados com a possibilidade de Cunha inviabilizar a votação no colegiado, levando a proposta diretamente ao plenário.
Maia explicou que o adiamento foi combinado com Cunha, que garantiu que os integrantes da comissão terão a segunda-feira à noite e terça-feira para tentar aprovar o relatório.
— Nós temos a segunda-feira à noite e a terça-feira para tentar aprovar uma proposta, antes de ela ser levada ao plenário — garantiu Rodrigo Maia.
A informação foi confirmada pelo relator da proposta, deputado Marcelo Castro (PMDB), informando que ele e Maia estiveram reunidos nesta manhã com o presidente da Casa e os líderes do PMDB, Leonardo Picciani, e do DEM, Mendonça Filho.
— Nós conversamos e acertamos votar na próxima segunda-feira. Meu relatório é a expressão do que pensa a comissão, mas temos que tentar encontrar um texto que permita a viabilização da votação da reforma política — afirmou Castro.
O relator disse entender que já respondeu, à altura, às críticas feitas ao relatório por Cunha e que está empenhado em buscar um entendimento para aprovar o texto na comissão. O relatório de Castro prevê a adoção do voto distrital e o financiamento misto das campanhas, permitindo a doação de empresas aos partidos, dois pontos defendidos pelo PMDB. Juntos, PT e PSDB articulam a derrubada do distritão do texto. O PT luta para acabar com a doação feita por empresas.
Fonte: O Globo