Justiça Federal aceita denúncias contra quatro ex-deputados
Arnaldo Neto 18/05/2015 19:35
montagemnovaetapalavajatoA Justiça Federal aceitou as denúncias contra quatro ex-deputados federais acusados de envolvimento em esquemas de corrupção investigados pela Operação Lava Jato. André Vargas, Pedro Corrêa, Aline Corrêa, e Luiz Argôlo foram denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF) e são os primeiros ex-parlamentares réus em processos derivados da operação. Dos quatro, apenas Aline Corrêa, que é filha de Pedro Corrêa, não está presa na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba. Além deles, os outros nove denunciados pelo MPF na quinta-feira (14) também tiveram as denúncias aceitas, e passam a ser réus, dentre eles o doleiro Alberto Youssef. Veja os acusados e os crimes pelos quais eles respondem: - Núcleo André Vargas André Luiz Vargas Ilário - Corrupção, Lavagem de dinheiro, Organização Criminosa. Leon Dênis Vargas Ilário - Corrupção, Lavagem de dinheiro, Organização Criminosa. Milton Vargas Ilário - Corrupção, Lavagem de dinheiro, Organização Criminosa. Ricardo Hoffmann – Corrupção, Lavagem de dinheiro, Organização Criminosa. -Núcleo Pedro Corrêa Pedro Corrêa - Corrupção passiva, Lavagem de dinheiro, Peculato. Ivan Vernon - Lavagem de dinheiro, Peculato. Márcia Danzi - Lavagem de dinheiro. Aline Corrêa - Peculato. Alberto Youssef - Lavagem de dinheiro. Rafael Ângulo Lopez - Lavagem de dinheiro. Fábio Corrêa - Lavagem de dinheiro. - Núcleo Luiz Argôlo Luiz Argôlo – Corrupção, Lavagem de dinheiro, peculato. Alberto Youssef – Corrupção, Lavagem de dinheiro. Rafael Ângulo Lopez - Corrupção, Lavagem de dinheiro. Carlos Alberto Costa - Corrupção, Lavagem de dinheiro. Pedro Corrêa “Pedro Corrêa era um dos responsáveis pela distribuição interna do PP e recebeu valores específicos em benefício próprio”, afirmou o procurador Deltan Dallagnol. Conforme o procurador, Corrêa foi denunciado por 280 atos de corrupção passiva - segundo a denúncia, os valores envolvidos nestes atos são de R$ 398.645.680,52. Foram denunciados ainda 569 atos de lavagem de dinheiro, e 123 atos de peculato do ex-deputado. Luiz Argôlo Conforme os procuradores, Luiz Argôlo criou uma relação com o doleiro Alberto Youssef diferente dos demais parlamentares envolvidos. "Ele criou relação de sociedade com Youssef. Então, muitas vezes, Alberto repassava dinheiro diretamente para o Argôlo", afirmou o procurador Paulo Galvão. Conforme o procurador, Youssef tinha interesse especial na carreira do então deputado. Foram encontrados registros de 78 visitas de Argôlo aos escritórios de Youssef. Com o cruzamento das passagens aéreas, o MPF sustenta que em 40 oportunidades essas viagens aconteceram com recursos da Câmara Federal. "O valor gasto nessas passagens é de R$ 55.192,43", explicou Galvão. Argôlo foi denuncido por dez atos de corrupção - segundo a denúncia, os valores envolvidos nestes atos são de R$ 1.603.400,00. Foram denunciados ainda dez atos de lavagem de dinheiro e 93 atos de peculato do ex-deputado. André Vargas No caso do ex-parlamentar do PT, os procuradores sustentam que a corrupção aconteceu em contratos da Caixa Econômica Federal e do Ministério da Saúde, e ocorriam através da agência de publicidade Borghi Lowe e da empresa Labogen. "Em relação ao Ministério da Saúde, nós temos evidências de que o Vargas conseguiu um termo de parceria entre o ministério e a Labogen. Já quanto à Caixa, várias ligações para um diretor da Caixa foram feitas pelo celular do próprio Vargas", afirmou o procurado Deltan Dallagnol. Fernando Castro do G1/PR

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