Moro ouve testemunhas de acusação da 10ª fase da Lava Jato
Arnaldo Neto 18/05/2015 19:08
[caption id="attachment_2374" align="alignleft" width="300"]Moro ouve testemunhas Moro ouve testemunhas[/caption] O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato em primeira instância, ouviu seis testemunhas de acusação no processo referente a 10ª fase da operação, deflagrada em março deste ano. São 20 réus neste processo. A audiência terminou no fim da tarde desta segunda-feira (18), no prédio da Justiça Federal em Curitiba. As seis testemunhas arroladas pelo Ministério Público Federal (MPF) ouvidas foram: Dalton dos Santos Avancini e Eduardo Leite, ex-executivos da Camargo Corrêa e que cumprem prisão domiciliar em São Paulo; o advogado Carlos Alberto Pereira da Costa, que trabalhava na empresa GFD, do doleiro Alberto Youssef; Leonardo Meirelles, sócio da Labogen; Maurício Godoy e Marcos Pereira Berti, que foram ligados ao grupo Toyo Setal. Entre os réus deste processo estão: Renato Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobras, Pedro Barusco, ex-gerente da diretoria de Serviços, João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do Partido dos Trabalhadores, Alberto Youssef, acusado de ser o líder do esquema da Lava Jato, além de empreiteiros. Duque e Vaccari pediram dispensa da audiência e tiveram o consentimento de Moro. Inicialmente, o processo tinha 27 réus. No entanto, no dia 13 de maio, Moro reviu denúncias do Ministério Público Federal (MPF) contra sete representantes ligados às empreiteiras OAS e Mendes Júnior. De acordo com a denúncia do MPF, Vaccari participava de reuniões com Duque para tratar de pagamentos de propina, que era paga por meio de doações oficiais ao PT. Dessa maneira, os valores chegavam como doação lícita, mas eram oriundas de propina. O MPF aponta que foram 24 doações em 18 meses, no valor de R$ 4,260 milhões. A operação Lava Jato começou investigando um esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas que teria movimentado cerca de R$ 10 bilhões. A investigação acabou resultando na descoberta de um esquema de desvio de recursos da Petrobras, segundo a Polícia Federal e o Ministério Público Federal. G1/PR

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