Leitura de domingo - Compartilhando o meu meio ironman (Por Rodolfo Freitas)
Marcos Almeida 08/03/2015 08:00

FullSizeRender-7Agora sim!

Ainda me recuperando, mais satisfeito! Gostaria de compartilhar com vocês o que foi a prova de domingo passado (01/03), o meio ironman Tritanium.

As pessoas próximas de mim sabem o pouco tempo que tive para treinar e me preparar para essa prova, foram apenas 5 semanas de treinamento, o que eu chamei de um intensivão. Cheguei mais bem preparado psicológicamente do que fisicamente!

Estava muito consciente da dor e do sofrimento que iria enfrentar, trabalhei a minha mente acima de tudo para me fazer cruzar a linha de chegada.

O dia anterior à prova foi tenso, corrido, na consegui me alimentar como deveria, e no dia da prova (domingo) acordamos às 4h da manhã para tomar café e estar no local da prova as 4:30h. No café da manhã, tomei meu hipercalórico como de costume, mas, minutos depois tive um mal estar e vomitei tudo!

Estava tenso e ansioso com a prova, não consegui me alimentar direito. Meu amigo e parceiro de equipe, Thiago Mota, após me ver naquele estado, achou que eu fosse desistir naquele momento, mas os que me conhecem sabem o quanto eu sou determinado pelos meus objetivos.

Então, fomos para largada, uma natação em águas frias mas que porém não senti dificuldades pois estava de roupa de borracha, o que ajudou bastante.

Saindo da água fiz uma transição tranquila e peguei a bike rumo a 90km de pedal, logo no início começou uma chuva muito forte, mas eu preferi aquela chuva toda ao sol forte que havia feito nos últimos dias. Fiz uma primeira volta de 45km bem tranquilo, sem sentir nada ainda, a partir do km 60 meu corpo começou a dar sinais de desgaste, cansaço, mas mantive o ritmo e completei o pedal dentro do que havia treinado, uma média de 30km/h.

Foi então que fui para a transição da bike para corrida, consegui comer um biscoito que havia deixado na minha área de transição, coloquei o tênis e parti para 21km de dor e sofrimento que eu nunca havia sentido na vida!

Nos primeiros 2km minhas pernas não respondiam, estavam travadas, passei por um amigo Pablo Matos, que me deu um incentivo e disse que as pernas iriam soltar, rs, eu pensei, só se for quando eu estiver no chão, rs, mas ele estava certo, minutos depois me senti mais solto e corri melhor ate o km 15, no km 16 quando passei pelo amigo e competidor Rogério Bragança que estava sofrendo tanto quanto eu, minhas pernas então decidiram travar novamente, só que agora de cãibras, sofri muito, quase parei de correr com tantas dores.

Porém, como falei anteriormente, o meu psicológico estava bem preparado, adaptei a biomecânica da corrida para não sentir mais as cãibras, sofri até o km 19, foi quando meu espírito de competidor aflorou e eu ainda consegui puxar o ritimo dos últimos 2 km e cruzar a linha de chegada com o tempo de 5h39'' de prova.

Parabéns a todos que completaram esse sofrimento, vocês são guerreiros!

Não posso deixar de agradecer primeiramente em tudo na minha vida a Deus, que é quem me sustenta e me sustentou em todos os momentos, e a minha esposa maravilhosa Roberta de Oliveira que Deus colocou na minha vida para cuidar de mim e me dar suporte também nesses momentos difíceis!

Rodolfo Freitas Nascimento

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    Sobre o autor

    Marcos Almeida

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    Marcos Almeida é assessor esportivo, especialista em Ciência da Musculação e mestre em Ciência da Motricidade Humana.

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