Esta minha breve reflexão discorre sobre questionamentos que sempre me fazem relacionado aos tênis de corrida.
Todos sabem do fascínio do corredor por este produto, já a sua relação com diminuição de lesões, vias pesquisas e praxis diárias, não refletem uma realidade muito positiva.
Muitas são as teorias que envovem o seu uso. Em texto anterior aqui, já tinha dado "uma bola" sobre este instigante assunto.
Já por aqui, via o NYT, corredor de elite que aderiu ao tênis maximalista relata que a sua fascite plantar desapareceu.
Ele diz: "Quando eu vi pela primeira vez (os tênis maximalistas), eu pensei que seriam pesados, mas são incrivelmente leves. Minhas pernas estavam realmente relaxadas depois de uma longa corrida".
Após este breve intróito, pergunto: Será mesmo?
A ciência vem tentando há anos diminuir lesões nos atletas, e estes produtos, os tênis maximalistas, assim como foram os calçados minimalistas, parecem ser a bola da vez do mercado.
Vale tentar, mas honestamente, pouco acredito.
Uma das empresas mais famosas deste seguimento, a Hoka One One, tem a preocupação de não vender gato por lebre, já escaldada em ações judiciais que sofreu a Vibram Five Fingers.
Consciente destas ações a Hoka cuida para não fazer afirmações sem evidências, seguindo a linha que existem poucos estudos sobre a eficácia deste dito extremo amortecimento e etc.
Compartilho a idéia de um biomecânico do esporte, neste mesmo texto acima, que diz:
"É claro que o que está em seus pés é importante. Mas há uma grande quantidade de evidências que mostram que as pessoas que passam mais tempo melhorando seus corpos, ao contrário de compras de calçados, são os que vão correr melhor".
Na minha opinião, para desfazer qualquer mal entendido relacionado a estes produtos, aos quais também gosto muito, reflito de 3 formas sobre eles.
A 1ª, é que são de fato importantes para o corredor, trazendo conforto e proteção; a 2ª, é que é sempre bom estar antenado com os últimos lançamentos, pois fortalecem o vínculo do corredor com o esporte, podendo motivá-lo ainda mais; e a 3ª, realmente não evitam lesões (quem dera), podendo no máximo, ajudar em alguns casos.
Bom domingo a todos e ótimos treinos.
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Sobre o autor
Marcos Almeida
[email protected]Marcos Almeida é assessor esportivo, especialista em Ciência da Musculação e mestre em Ciência da Motricidade Humana.