GLADIADORES DO NOROESTE- A prisão
Nino Bellieny 26/03/2015 12:57

Flash-Blog: artigo publicado em 6-12-2014

Com a prisão, feita ontem, dos envolvidos em uma agressão ocorrida no final do  ano passado na cidade de Itaperuna, - relembre como foi, aqui-, o Blog NB traz de volta artigo feito pela jornalista da TVi- Canal 21.

Por Dariany Silgom

Mesmo com tantas notícias que deixam claro todos os dias a banalização da vida pelo ser humano, ainda não consigo achar normal atitudes grotescas, quase primitivas de violência. Ainda mais quando acontecem no meu quintal… No último fim de semana minha “quase” pacata Itaperuna viveu um cenário lamentável, que infelizmente ilustra bem o que a barbárie humana é capaz de fazer. Uma inauguração de uma boate, um ambiente que deveria ser de música, descontração e alegria, tornou-se um palco de covardia e selvageria que na minha opinião, de quem tem enorme aversão a violência, nada justifica. Usei a palavra palco muito a contragosto para descrever o local do fato, já que palco me remete a lugar de artes e de encantamento. Havia pensado também em usar a palavra arena. Mas desisti, já que nas arenas da Roma Imperial antiga, cenário de batalhas sangrentas, os gladiadores duelavam com alguma honra e respeitavam seus adversários. Nunca se valendo de atos covardes, fora de uma Ética de Guerreiros. E no fato ocorrido aqui, nada se tem de honroso e respeitoso. O que se vê é uma geração de jovens que valoriza tanto a tecnologia dos seus celulares e computadores, a modernidade dos seus carros e motocicletas, enfeita seus corpos de músculos e roupas de grife, mas possui o cérebro de um homem das cavernas. “Mim não gostar de você e não concordar com o que é ou faz. Mim bater e você apanhar! Até a morte…” Quanta estupidez meu Deus! Eu renego, rejeito e me valho aqui da expressão muito usada nos manifestos desse ano: essa geração #NãoMeRepresenta. E deixo no ar a pergunta que não quer se calar: quantos Marcos Hiroyuki terão que ser covardemente espancados até o coma, para que algo seja feito contra essa impunidade intragável de gestos violentos e banais? E com a liberdade de finalizar mais leve, porém, não menos triste, pergunto: e agora? Quem poderá nos defender? Já que nosso saudoso Roberto Bolaños partiu desse nosso mundo insano também essa semana, nos deixando carentes do nosso herói colorado e atrapalhado. No meio desse caos eu só tenho a dizer que “sigam-me os bons”! E ao maus, leis mais rigorosas. gladiadores

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