A Epidemia de Vídeos de Sexo
Nino Bellieny 03/03/2015 17:17
QUANDO O ÍNTIMO VIRA PORNÔ Por Nino Bellieny Itaperuna vive na íntegra, um recente  fenômeno midiático, comum no mundo inteiro: com uma recente  média semanal de 2 a 4 vídeos caseiros vazados por vingança de um dos parceiros, descuido, curiosidade de terceiros ou vontade simples de ser uma celebridade local , (e até mundial, sabe-se lá), os usuários das redes sociais na cidade, principalmente, os de whatsapps,  recebem os mais variados e diversos estilos de vídeo com cenas de sexo. E, a maioria, desconhecendo as implicações legais de compartilharem tais imagens, passam à frente de imediato. Multiplicando-se em pequenos escândalos sucessivamente obliterados pelo próximo, um próximo de poucas horas entre um e outro. E tem de tudo e para todos: as produções, vão do tosco ao sofisticado, com total mistura de classes econômicas, sem preconceitos de raça nem de orientação sexual. Os participantes, em uma boa parte, demostram estar cientes do que fazem. Há sorrisos, interjeições, acrobacias, espírito de atuação convincente e exibicionismo, mas, e quando, um deles, fez movido apenas pelo desejo do momento, acreditando, ingenuamente, de que aquilo seria deletado logo em seguida? E se ambos,( ou mais), não sabiam estarem sendo filmados? O estrago já foi feito, a velocidade de propagação já encarregou-se da pornográfica missão. [caption id="attachment_872" align="alignnone" width="300"]ft-IstoÉ. ft-IstoÉ.[/caption]   CULPABILIZAÇÃO DA VÍTIMA Foi difícil, mas, o Blog conseguiu conversar com uma vítima deste tipo de vídeo. O ex-namorado prometeu vingar-se depois que ela não quis mais continuar o namoro. E cumpriu. Colocou via whatsapps imagens em que eles se relacionavam sexualmente. O mundo desabou para ela. Agora, constituiu advogado para cuidar do caso, mas, o que ela sentiu e ainda sente, incomoda profundamente: o olhar de sarcasmo dos amigos, a reprovação da família e a imposição, quase consenso geral, de que ela é a culpada- " Não sou culpada. Foi feito num momento de intimidade e amor, com uma pessoa que eu pensava ser uma coisa e com o tempo fui vendo que era outra. Infelizmente, o desfecho foi terrível, mas, ele apenas confirmou ser o tipo de pessoa que é. " CIDADES PEQUENAS Somem-se aos fatores coercitivos, a hipocrisia reinante em cidades, onde supostamente, todos se conhecem. A vida dos envolvidos pode se tornar um inferno. A cobrança por parte de uma sociedade moralista e punitiva, pode gerar distúrbios psicológicos irreversíveis. Muitos mudam de cidade, outros se ocultam dentro de casa, levando um bom tempo para voltarem ao ritmo normal da vida. Quando voltam. Embora o escândalo da hora seja o pior, para quem passou por isso, a sensação costuma ser de eterna culpa. A JUSTIÇA Qualquer forma de exibição não autorizada de alguma pessoa pode ser caracterizada como ilegal e pode ser combatida na justiça. Se um ex-namorado(a) divulgou fotos suas na internet, é possível processá-lo(a) por divulgação de material sem autorização — ainda não existe uma Lei específica para o revenge porn( tradução literal: vingança pornô.) Se a divulgação começou depois do roubo de um aparelho, elas podem ser usadas como provas contra os criminosos. É bem difícil que se consiga processar um site que hospeda tais conteúdos — a menos que se tenha como provar que foi pedido para que eles fossem excluídos e que os pedidos foram rejeitados. Por outro lado, tendo como provar quem disseminou as primeiras cópias, é possível autuar judicialmente o responsável pelo início de todo o problema. O MELHOR MESMO É fugir deste tipo de exposição. Por mais paixão e vontade que existam, não filmar ou fotografar momentos íntimos, pode evitar sérios problemas futuros.  

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