Ministros falam sobre manifestações contra Dilma e prometem "pacote anticorrupção"
Alexandre Bastos 15/03/2015 19:15
[caption id="attachment_31687" align="aligncenter" width="620"] Foto: G1[/caption]

Os ministros José Eduardo Cardozo (Justiça) e Miguel Rosseto (Secretaria-Geral da Presidência da República) concedem, neste momento, uma entrevista coletiva sobre os protestos que aconteceram neste domingo (15) em todo o Brasil. Confira trechos da entrevista:

O ministro José Eduardo Cardozo disse que há um momento em que "temos de ser maiores que nossas divergências". Ele fez a afirmação em resposta a uma indagação sobre a dificuldade de diálogo do governo com o Congresso e o Supremo Tribunal Federal. "O compromisso do nosso governo é governar para 200 milhões de brasileiros, para aqueles que nos aplaudem e aqueles que nos criticam".

O jornalista Gerson Camarotti, do G1 e da GloboNews, perguntou se houve surpresa com o número de pessoas que foi às ruas neste domingo. "Não é surpresa. Há uma dinâmica eleitoral muito próxima da memória das pessoas", afirmou Miguel Rossetto. Segundo ele, a maior parte dos participantes das manifestações são pessoas que não votaram em Dilma.

O ministro Miguel Rossetto disse que há uma "inquietude" entre a população devido ao tempo entre o surgimento de denúncias de corrupção e o julgamento dessas denúncias. Rossetto também defendeu o fim do financiamento empresarial. "Ao mesmo tempo em que a sociedade aguarda o julgamento desse processo [de corrupção], ela também espera que sejam votadas normas que interrompam esse processo.

Os ministros, que estiveram com Dilma na tarde deste domingo, foram indagados sobre como a presidente reagiu aos protestos. José Eduardo Cardozo disse que a posição que ele e Rossetto estão expressando capta a posição da presidente Dilma.

O ministro José Eduardo Cardozo afirmou que as medidas de combate à corrupção serão enviadas ao Congresso muito antes da promessa de Dilma na posse de que as enviaria em seis meses. "Há questões que exigem uma pactuação entre poderes distintos. Segundo ele, é uma proposta que exigiu um debate de aperfeiçoamento técnico e redacional.

Cardozo afirmou que democracia "exige tolerância". "Sou contra qualquer discurso de ódio", disse. Por isso, segundo ele, mandou retirar um texto sobre esse tema na página do Facebook do ministério.

Cardozo criticou "posições extremistas e autoritárias". "Não considero que exista nenhuma fragilização do governo", declarou. Segundo o ministro, o surgimento de posturas autoritárias se dá em todo mundo, não somente no Brasil. "Felizmente, é uma minoria de brasileiros que defende esse tipo de postura", afirmou. O ministro Miguel Rossetto disse que faz parte do ato de governar "conviver com situações como essas". "Nós estamos seguros da agenda que estamos desenvolvendo", afirmou. Segundo ele, essa agenda é orientada para todos os programas que trazem qualidade de vida. "Estamos seguros de que no segundo semestre deste ano a economia reagirá", declarou.

Panelaços -  Durante o pronunciamento de ministros sobre as manifestações deste domingo, o G1 recebeu relatos de "panelaços" nos bairros: Vila Leopoldina, Perdizes, Saúde, Cambuci, Itaim Bibi, Santana, Pinheiros, Vila Madalena e Paraíso.

Fonte: G1

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