Não foi por falta de aviso
Alexandre Bastos 26/03/2015 17:28

Em novembro de 2013 o médico sanitarista Erik Schunk (PSOL) divulgou algumas imagens que mostram a situação do Colégio 29 de Maio, a maior escola da rede municipal. “Falta de calçamento dentro de pátio, a instalação elétrica é um risco constante à integridade dos alunos e funcionários, há infiltração de água em teto e paredes com mofo nesses locais com risco de alergias e infecções respiratórias. Lixeiras, cadeiras e portas de salas quebradas completam o quadro de abandono em que se encontra escola. Até quando Dona Rosinha?”, pergunta Schunk.

Na época, o blog divulgou as imagens: aqui 

Quase um ano e meio depois, professores, alunos e pais de alunos relatam que, o que já era ruim, conseguiu ficar ainda pior. Agora, além dos problemas na estrutura, também faltam porteiros, vigilantes e inspetores. Matéria publicada pela Folha nesta quinta-feira (26) (aqui) mostra a revolta dos professores diante do descaso. Eles reivindicam melhorias na escola, que, segundo disseram, estaria sem porteiro, sem vigilante e sem inspetor. “Com o nosso movimento, hoje (quarta) chegou uma pessoa informando que é inspetora, mas não vimos contrato. E como uma inspetora dará conta de cerca de 1.000 alunos? Agora temos dois funcionários na limpeza. Estamos sem porteiro”, disse uma professora.

Os professores relataram ainda portas quebradas, salas mofadas, banheiros com problemas e goteiras. Eles reclamaram também da violência que teria aumentado na escola. Recentemente, uma briga entre alunos quase terminou em tragédia. "Um aluno teve a cabeça chutada várias vezes e um professor teve que separar a briga, já que não havia vigia nem inspetor. Será que o governo está esperando ocorrer uma tragédia? Estamos completamente desamparados", indagou.

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