"Doença holandesa" na rua do Gás
Alexandre Bastos 24/03/2015 17:01
[caption id="attachment_31939" align="aligncenter" width="390"] Charge - José Renato/Folha da Manhã[/caption]

No final do ano passado, ao comentar no Facebook sobre a dependência dos royalties e a falta de diversificação econômica, o economista Ranulfo Vidigal lembrou que sociedades com forte dependência de uma única atividade para financiar seus gastos orçamentários são vulneráveis ao que se denomina de “maldição dos recursos naturais abundantes”. Ele também citou a chamada “doença holandesa”, fenômeno ocorrido no século passado na Holanda, quando houve descoberta de gás e outros setores acabaram enfraquecidos e a política embaralhada.

O caso do Goytacaz, que em tempos de "vacas gordas" contou com o apoio de poder público e de figuras ligadas ao governo rosáceo, mostra muito bem como a "doença holandesa" contamina. Sem andar com as próprias pernas, mesmo tendo uma forte e apaixonada torcida, o clube ficou dependendo de favores e não pensou em andar com as próprias pernas. Agora, em tempos de crise, sem vitórias em três rodadas da série B, o técnico André Pimpolho e o presidente Márcio Rocha abandonaram o barco. Ao sair, o ex-técnico resumiu a dificuldade: "Não posso fazer milagres".

Hora da reforma - No mesmo embalo da Prefeitura de Campos, o Goyta publicou na tarde desta terça-feira (aqui) um comunicado prometendo "reformas administrativas".

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