Cultura: Das promessas de 2008 ao descaso em 2015
Alexandre Bastos 12/03/2015 12:35

Em 2008, a então candidata Rosinha prometeu uma revolução na Cultura de Campos. Durante reuniões em vários pontos da cidade, a candidata distribuiu um livro com o seu plano de governo. Já sabendo que a memória de muitas pessoas seria curta, guardei o livrinho e divido com vocês algumas promessas de 2008.

Rosinha (em 2008): “Com uma Cultura riquíssima, diversificada e reconhecida no cenário nacional e internacional do século XIX até os dias atuais, Campos vive, hoje, um momento histórico de baixa-estima e estagnação dos movimentos culturais (…) Diante deste quadro desalentador , Rosinha assume o compromisso de desenvolver projetos e criar ações imediatas para recuperar e preservar o patrimônio histórico/cultural e incentivar todas as manifestações culturais do nosso povo”.

Algumas promessas de 2008:

Mostras regionais e nacionais de cinema

Aproveitar as estações ferroviárias do interior (a exemplo de Goitacazes e Conselheiro Josino)

Construção de Concha Acústica

Democratizar os espaços públicos para que sejam usados por artistas das mais diversas áreas

Criação do Museu do Açúcar

Reestruturar o Carnaval de Campos

Relançar obras antológicas como “A Terra Goitacá”, de Alberto Lamego, “O Homem e a Restinga”, “O Homem e o Brejo”, de Lamego Filho, dentre muitas outras.

Criação da Escola Municipal de Música

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Anulações - Sete anos após as promessas, a prefeita Rosinha suplementou verba para o “Verão da Família” e anulou recursos previstos para do Museu Histórico de Campos, Bibliotecas, Festival de Curtas, eventos folclóricos, cursos de qualificação para educadores, publicação de livros e manutenção da Casa de Cultura Olavo Cardoso... Ontem (11), durante a sessão da Câmara, o vereador Rafael Diniz (PPS) comentou sobre as anulações: aqui 

[caption id="attachment_31583" align="aligncenter" width="390"] Museu Olavo Cardoso, que teve parte de sua verba "anulada" e encaminhada ao "Verão da Família", está caindo aos pedaços / Foto: Folha da Manhã[/caption]

Cultura de sucateamento - Matéria publicada na Folha Dois desta quinta-feira (12) mostra o descaso do poder público. "O que está acontecendo com os prédios onde funcionam o Palácio da Cultura e o Museu Olavo Cardoso, e com o funcionamento do Arquivo Público Municipal de Campos, representa um suicídio de uma comunidade, segundo a historiadora Sylvia Paes, que integra o Instituto Histórico e Geográfico de Campos. A cultura, na cidade do petróleo, vem passando por um sucateamento, e quem estaria assinando isso é o governo municipal", diz a matéria.

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