MPF quer contratos assinados entre construtora e empresa de Dirceu
Arnaldo Neto 25/03/2015 20:50
[caption id="attachment_1490" align="alignleft" width="300"]Ex-ministro foi condenado no Mensalão e é investigado no Petrolão Ex-ministro foi condenado no Mensalão e é investigado no Petrolão[/caption] A força-tarefa da Operação Lava-Jato quer acesso aos contratos assinados entre a Camargo Corrêa e a empresa de consultoria do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, a JD Assessoria e Consultoria. Os procuradores afirmam que é necessário “aprofundar” as investigações e avaliar a “licitude” dos acordos. Desde que saiu do governo Lula, Dirceu recebeu, através da JD, R$ 900 mil da empreiteira em contratos. Os procuradores pedem que a empresa apresente os documentos. A consultoria do ex-ministro faturou R$ 29 milhões em serviços para mais de 50 empresa no período de oito anos, entre 2006 e 2013. As informações estão no inquérito que investiga Dirceu na Operação Lava-Jato. O juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba, quebrou na terça-feira passada o sigilo sobre a investigação. De acordo com o relatório da Receita Federal, seis empresas investigadas na Lava-Jato pagaram, juntas, R$ 8,5 milhões a Dirceu: Construtora OAS (R$ 2,9 milhões), UTC Engenharia (R$ 2,3 milhões), Engevix (R$ 1,1 milhão), Camargo Corrêa (R$ 900 mil), Galvão Engenharia (R$ 750 mil) e Egesa Engenharia (R$ 480 mil). Os procuradores afirmam que o relatório da “vultuosa movimentação financeira” entre estas empreiteiras e a JD, “sob as rubricas genéricas de ‘consultoria’ e ‘assessoria’”. “Tal constatação despertou fundadas suspeitas de ilicitude, vez que uma das principais sistemáticas de pagamento aos agentes públicos envolvidos no já denunciado esquema de corrupção era a celebração de contratos simulados com empresas de “consultoria” e “assessoria”, mormente quando administrada por exagente público e político de notório trânsito na Administração Pública”, diz o pedido. Os procuradores citam como exemplo a “coincidência” entre os procedimentos licitatórios e na contratação do consócio comandado pela Camargo Corrêa para obras na Refinaria Getúlio Vargas (REPAR), em Araucária, no Paraná, com acordos assinados entre JD e a constutora. As investigações do pagamento de propina na Repar foram as primeiras a serem investigadas pela Operação Lava-Jato. Fonte: O Globo

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