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Deputada criticou a postura de parlamentares que elogiaram o presidente da Câmara. Reprodução/Facebook[/caption]
O depoimento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), na CPI da Petrobras, para tentar esclarecer as acusações de que teria recebido dinheiro de propina do esquema na petroleira (aqui), virou um grande ato de desagravo a ele, protagonizado por quase todos os partidos. Quem questionou Cunha foi a deputada federal Clarissa Garotinho (PR-RJ).
— Trata-se de uma reunião vergonhosa essa. Porque trata-se de uma reunião de felicitação. E eu achava que estava em uma reunião de CPI. Quantas vezes e onde o senhor esteve com Youssef? Por que razão Youssef esteve com o senhor? Quantas vezes esteve com Fernando Soares, em quais circunstâncias? Qual é a relação do senhor com o doleiro Funaro? — indagou a parlamentar fluminense.
Já pela manhã, a deputada postou em seu perfil oficial no Facebook (aqiu) que partiria para o “enfrentamento”. “Muitas coisas precisam ser esclarecidas em relação ao envolvimento do seu nome no escândalo da Estatal. Preparei algumas perguntas e espero fazê-las”, escreveu Clarissa.
Na defesa de Cunha, as disputas políticas foram deixadas de lado, e o que se viu foi a união entre o PSDB e o PT na alternância de elogios ao presidente da Câmara. Os dois lados, no entanto, têm objetivos diferentes: o PSDB, por meio do discurso de seu líder, Carlos Sampaio (SP), procurou desacreditar a delação premiada do ex-policial Jayme Oliveira Filho que acusou Cunha e o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) de receberem dinheiro do esquema de fraudes. Já o líder do PT, Sibá Machado (AC), ao elogiar Cunha procura desanuviar o ambiente tenso entre ele e o Planalto.
Com informações do jornal O Globo.