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Presidente da Câmara Federal falou nesta quinta-feira à CPI da Petrobras. Foto: Agência Brasil[/caption]
O presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou em depoimento à CPI da Petrobras nesta quinta-feira (12) que o Ministério Público Federal escolheu a quem investigar, não adotou um critério único para arquivar ou pedir inquérito e teve motivação política ao elaborar a listagem enviada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal (STF), a chamada “lista de Janot”. Cunha depõe em sala lotada por aliados e, antes de iniciar sua fala, foi saudado pelo relator da comissão, Luiz Sérgio (PT-RJ), com elogios à sua postura de depor antes de ser convocado.
— O Ministério Público escolheu a quem investigar. Não investigou todos. Não teve critério único e por motivações de natureza política escolheu os alvos de investigação — afirmou o presidente da Câmara.
Em depoimento, o presidente da Câmara voltou a atribuir a inclusão de seu nome na lista como uma forma de transferir a crise política do Palácio do Planalto para o Congresso Nacional. “O pedido de abertura de inquérito constrange, sobretudo quem está no comando de um Poder. O que se quis foi transferir a crise do outro lado da rua para cá. Não vamos aceitar isso”, disse Cunha, observando que ele apoiou, desde o início, a instalação da CPI da Petrobras.
Cunha voltou a citar o arquivamento do caso do senador Delcídio Amaral (PT-MS) como exemplo da “incoerência” do procurador-geral Rodrigo Janot. Para o presidente da Câmara, o embasamento do arquivamento confrontado com a abertura do pedido de inquérito contra ele é uma “verdadeira vergonha”.
Na tarde desta quinta-feira, o ex-presidente da estatal Sérgio Gabrielli faz o seu depoimento na CPI da Petrobras.
Fonte: O Globo.