Atafona Praia Clube será demolido
Arnaldo Neto 07/03/2015 11:36
[caption id="attachment_1091" align="aligncenter" width="640"]Atual fachada do Atafona Praia Clube. Foto: divulgação Atual fachada do Atafona Praia Clube. Foto: divulgação[/caption] O Atafona Praia Clube marcou a história de gerações de turistas, veranistas e apaixonados pelo místico litoral de “águas douradas”. A erosão costeira, que castiga o balneário com maior intensidade desde a década de 1970, já levou mais de 15 ruas e inúmeros imóveis. O clube — que já foi distante do litoral — está desativado há, pelo menos, cinco anos. No Diário Oficial deste sábado (7), a coordenadoria municipal de Proteção e Defesa Civil determina a interdição do imóvel e intima os proprietários para demolir as edificações no prazo de uma semana, sob pena ação coercitiva por parte do ente público municipal (demolição) e reparação ao erário público. Vai embora mais uma parte da história de Atafona, que perde dia após dia a briga com o mar. A interdição do imóvel se faz necessária — e não é de hoje — devido ao abandono do prédio e o risco de desabamento, já que curiosos ainda visitam o espaço para ver de perto o poder de destruição que tem as ondas do mar. Isso não dá para negar. [caption id="attachment_1092" align="alignright" width="300"]Condições atuais da piscina do Atafona Praia Clube. Foto: divulgação Condições atuais da piscina do Atafona Praia Clube. Foto: divulgação[/caption] O que se cobra do poder público — e também não é de hoje — são medidas que possam amenizar a erosão costeira e, quem sabe, até conseguir manter o controle. Em junho de 2013, representantes do Instituto Nacional de Pesquisas Hidroviárias (INPH) da Secretaria de Portos visitaram o litoral sanjoanense para o início da elaboração de um estudo preliminar para contenção do avanço do mar. Foi um passo importante, mas que não deveria parar. Até o momento, pouco foi divulgado sobre o andamento desses estudos. A interdição e demolição do Atafona Praia Clube é inevitável e inadiável. O que não podemos mais assistir é a desgraça alheia, daqueles que perdem seus imóveis, que assistem parte de sua história ser tragada pelo mar, transformada em espetáculo, em atração turística. Para o bem de Atafona, o que se espera é uma solução. Atualizado às 12h10: Neco comenta medidas para conter avanço do mar — Minutos após esta postagem, o prefeito Neco (PMDB) comentou no programa de rádio “São João da Barra no Ar”, transmitido simultaneamente pela Barra FM e Educativa FM, sobre o projeto para conter o avanço do mar no litoral sanjoanense. “Quero ver qual foi o prefeito que lutou até hoje para (conter) o avanço do mar em Atafona? Eu não conheço nenhum que tenha lutado para contenção do avanço do mar. O projeto, o Domenico (diretor) do Instituto INPH falou comigo que mês que vem... inclusive, eu quero ver se ele vem a São João da Barra para fazer uma reunião e mostrar o projeto a população. Ele garante que o mar no Pontal de Atafona pode afastar até 300 metros naquela faixa. Esse projeto estando pronto, com números e tudo mais, é um projeto que vai ser muito caro. Quando a gente chega no governo federal, governo estadual para pedir, precisa apresentar projeto. Quero ir com o projeto pronto, em mãos, para buscar esses recursos. Tenho certeza que vamos ter apoio. Existem vários recursos parados em ministérios por falta de projetos. Vamos ver se a gente consegue conter o avanço do mar em Atafona. E na praia do Açu, já está orçado e estamos em contato com a Prumo, para que a empresa possa pagar esse projeto no Açu”, afirmou o prefeito.

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