Do que eu conheço...
lucianaportinho 09/02/2015 11:52
mesquitaNão é muito, também não é pouco,  a Mesquita de Córdoba - Andaluzia, Espanha -, é uma das mais belas construções muçulmanas ao longo de séculos, destaque arquitetônico do Ocidente. Um verdadeiro deslumbre aos olhos com seus milhares de arcos e colunas que fascinam milhões de visitantes. Construída em mármore e pedra no século VIII, quando do domínio árabe na Península Ibérica por quase 800 anos , a mesquita nos dias de hoje (há nove anos) é propriedade da Diocese de Córdoba, ou seja, da Igreja Católica que a nomeia de Catedral de Córdoba e está sendo acusada pelos muçulmanos de querer apagar a sua história. Considerada até o século XVI como a segunda maior mesquita do mundo, só batida pela Grande Mesquita de Meca, passou a ser a terceira com a construção da Mesquita Azul, em Istambul; é arrolada como Patrimônio Mundial da Unesco. Como o momento histórico é de uma renovada escalada religiosa beligerante, parece que por conta desta, mistura-se o anti-jihadismo na "disputa" ao tentar apagar a memória islâmica deste monumento. Os guias turísticos oficiais da prefeitura da Córdoba, a descrevem como uma fugaz intervenção islâmica. O fato tem causado polêmica entre historiadores e intelectuais e está no Tribunal Cordobês. — Seria importantíssimo que, através da mesquita de Córdoba, os visitantes pudessem conhecer, de primeira mão, informações fundamentadas sobre a História e a configuração do Islã em Al-andalus, em Córdoba, entre os séculos VIII e X. Esta é uma ferramenta excelente para combater a ignorância, o fanatismo e a intolerância - afirma Eduardo Manzano Moreno, historiador medieval e autor do livro “Conquistadores, emires e califas. Os Omeyas e a formação de al-Andalus”. Os escritores uruguaio Eduardo Galeano e irlandês Ian Ginson são alguns dos que, junto com os espanhóis Antonio Gala, José Manuel Caballero Bonald, Antonio Muñoz Molina, Rosa Montero e Javier Reverte, se uniram à campanha “Mesquita-catedral de Córdoba: patrimônio de todos”, que conta com mais de 400 mil assinaturas. O arquiteto britânico Norman Foster, os guitarristas de flamenco Manolo Sanlúcar e Vicente Amigo, e o cineasta Benito Zambrano também se juntaram. Tempos pobres. Tempo infame. Fonte: O Globo

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