Câmara inicia sessão para votar "corte na carne"
Alexandre Bastos 29/01/2015 10:56

A Câmara de Campos interrompeu o recesso parlamentar e iniciou, com uma hora de atraso, uma sessão extraordinária para votar seis projetos enviados pelo gabinete da prefeita Rosinha Garotinho (PR). Na pauta, diversas “medidas econômicas”, como o projeto que prevê a redução de 10% dos salários de secretários e dos demais cargos de confiança do governo (DAS). Também está na pauta um projeto que trata dos novos critérios para a concessão do Cheque Cidadão. Um projeto que envolve o vale transporte dos servidores também foi enviado à Câmara, assim como uma matéria que trata sobre o Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza (ISSQN). Com a queda de arrecadação, a prefeita Rosinha "corta na carne" e busca alternativas para obter novas receitas.

Poucos minutos após o início da sessão, que segundo o presidente da Casa , Edson Batista poderá durar até às 22h, os projetos foram enviados para as Comissões e houve uma "paradinha".

Às 14h os vereadores retornam para iniciar as cinco sessões previstas para esta quinta-feira (29).

Atualização às 19h - Após um debate quente entre oposicionistas e governistas, com visões distintas sobre as matérias enviadas pela prefeita Rosinha, foram aprovados todos os projetos do pacote enviado pelo governo Rosinha Garotinho. Na tribuna, a bancada governista, que durante a sessão extraordinária foi liderada pelo vereador Mauro Silva (PT do B), defendeu os ajustes econômicos, tendo em vista a queda de arrecadação prevista para este ano. "Antes de outras prefeituras da região, a prefeita Rosinha detectou a necessidade de ajustes. Agora, temos cortes semelhantes em Macaé e no município de Quissamã. Todas essas medidas são necessárias para enfrentar dias difíceis no Brasil, no estado e, em Campos, que não é uma ilha", disse Mauro, avisando que um novo "pacote" chegará ao Legislativo. "A Prefeitura vai reduzir seis secretarias. O governo está atento e vai continuar cortando na própria carne", prometeu Mauro.

Já a bancada de oposição questionou o grande número de cargos de confiança, a mudança nos critérios para a concessão de vale transporte para o servidor municipal e ajustes envolvendo o Cheque Cidadão. Na visão do vereador Rafael Diniz (PPS), o governo fecha algumas torneiras e abre outras. "O que estamos vendo é um governo que já aumentou o IPTU, a Taxa de Iluminação, tirou o Rio Card do servidor municipal e vai cortar famílias que necessitam do Cheque Cidadão. Mas este mesmo governo, que 'aperta o cinto' do cidadão, continua gastando R$ 8,7 milhões com aluguel de carros, R$ 2,7 milhões com estrutura para shows, sem falar nos cachês e gasta mais alguns milhões com um plano de Saúde que o quase ex-deputado diz que é 'uma porcaria'. Quem entende?", indagou Diniz.

Mais informações sobre a sessão extraordinária na edição de amanhã da Folha. 

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

    Sobre o autor

    Alexandre Bastos

    [email protected]

    BLOGS - MAIS LIDAS