Por onde anda quem fiscaliza o transporte intermunicipal?
Arnaldo Neto 23/01/2015 21:46
Relutei para não usar este espaço para críticas aos desmandos e descasos do transporte público intermunicipal entre Campos e SJB. Mas fui vencido. A empresa Sanjoanense Campostur e os seus funcionários, num insistente jogo de empurra sem nenhuma solução, estão brincando com quem necessita dos coletivos entre Campos e Atafona, principalmente às sextas-feiras. O carro que deveria fazer a linha, como consta no quadro de horários da própria empresa, desaparece. Os funcionários, que devem ficar irritados com tantas pessoas perguntando sobre o porquê de não ter mais o ônibus, se limitam a informar que "estão seguindo ordens". "Ordens de quem?", questiona uma passageira. "São ordens da empresa", responde o funcionário. O ônibus que deveria fazer a linha Campos x Atafona é remanejado para Grussaí /Lagoa. Claro que no verão é necessário um número maior de ônibus para Grussaí, devido ao aumento de passageiros. O que não é aceitável é que outros usuários sejam prejudicados. Não teria a magnífica empresa ônibus substitutos/reservas? Mas, eis a questão, quem deveria fiscalizar isso? Por onde anda o Detro? O departamento anuncia aumento de passagem. A Campostur não o faz. Sabe por quê? Não há necessidade. Além de, aparentemente, não fiscalizar esses mandos e desmandos da empresa, o Detro utiliza uma tabela que seria complexa e desatualizada para correção das tarifas. Seriam levados em consideração as condições das estradas há mais de 20 anos e o fluxo de passageiro da mesma época, por exemplo. Mas as correções de inflação, taxa de combustível e outras cobranças são sempre atualizadas. Essas informações foram fornecidas em 2012, pelo então secretário de Transporte de SJB, que dizia não ter acesso a todos os cálculos. E, pelo que se sabe, continua na mesma. Dois pesos e duas medidas. Muita coisa mudou positivamente daquela época pra cá. Não seria o momento de atualizar essa tabela de correção também? Acredito que o preço da tarifa até diminuiria. Mas, a não ser para os passageiros, isso não deve interessar a mais ninguém. Por enquanto, resta aos passageiros pagar uma tarifa de R$ 10, em um percurso de cerca de 40 km, para andar num carro lotado, que passa por Grussaí, via Sesc, SJB e Atafona. E muita gente prefere o silêncio. Vida de gado!  

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