Menos ódio, mais planejamento
José Paes 21/12/2014 18:38

Como reconhecido pela própria Administração Municipal, Campos vive o início de uma crise administrativo-financeira, que já começa a afetar os seus cidadãos, dos mais ricos até, especialmente, aos mais pobres.

Independentemente das versões e motivos que se dê, a falta de pagamento de prestadores de serviço, a demissão de terceirizados, o corte de contratos, dentre outros, são fatos incontestáveis, que já prejudicam e deverão prejudicar ainda mais a economia local, causando extremo desconforto para a sociedade.

Infelizmente, a Administração Municipal vem atuando como um paciente que descumpre orientações médicas e põe a culpa no insucesso do tratamento no médico e não em si próprio.

Ao invés de reconhecer os seus equívocos administrativos, a sua falta de planejamento, na tentativa de aprimorar a gestão pública municipal, o atual governo tenta esconder o sol com a peneira. Faz mais. Ao invés de reconhecer os seus erros, ataca e tenta denegrir a imagem dos seus opositores, que cobram, de forma legitima, a solução dos inúmeros problemas vividos pelo Município.

Na ausência de condições mínimas de acobertar os seus insucessos administrativos, tenta nivelar todos por baixo, como se em Campos não houvesse pessoas dignas, honestas, qualificadas, legitimadas a cobrar um novo modelo de gestão pública. Tentam, em vão, intimidar as pessoas, através do ajuizamento de processos, da veiculação de matérias “jornalísticas” que nem sempre condizem com a realidade, como se isso fosse o suficiente para solucionar a infinidade de problemas existentes na cidade.

Fato é que, enquanto se tenta, na marra, calar a voz dos opositores ao que aí está, quem vem pagando a conta pelos equívocos administrativos desse governo é o cidadão, que de um dia para o outro vê o seu IPTU e a taxa de iluminação púbica reajustados em mais de 30%, que se vê sem emprego às vésperas das festas de fim ano, que vê serviços públicos essenciais serem suspensos, ante a falta de pagamento dos fornecedores.

É preciso deixar de lado a velha tática de desqualificar os opositores e focar na solução dos problemas do Município. Precisamos diminuir nossa máquina pública, criar fontes alternativas de recursos, desvinculadas dos royalties do petróleo, fazer mais gastando menos, focar menos em projetos pessoais de poder e mais na cidade.

Enfim, os problemas do município não serão resolvidos com base na velha política do ódio e da mentira. É a chegada a hora de focar nos problemas e não em quem os expõe, caso contrário, mais uma vez, quem pagará o pato será o cidadão.

Artigo publicado na versão impressa da Folha de 18.12.

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