Prepare o bolso: ano novo começa com reajustes
Alexandre Bastos 27/12/2014 10:43

Conta de Luz - A conta de luz vai ficar mais cara em janeiro. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou ontem (26) que o sistema de bandeiras tarifárias indicou sinal vermelho para os valores do primeiro mês do ano. Com esta sinalização nas contas, o consumidor terá que arcar com um acréscimo de R$ 3 a cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumido. De acordo com a Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), o consumo médio para uma família com quatro pessoas é de 200 kWh.  Simulação feita no site da Light mostra que o valor gasto para esse consumo seria de R$ 99,55, sem o sistema de bandeiras. Isso significa que a família pagaria no fim do mês R$ 105,55, levando em consideração o acréscimo de R$ 6.

A partir do mês que vem, as contas de luz virão classificadas por cores: verde, amarela e vermelha — que informarão as condições de geração de energia. As tarifas poderão ter aumentos e reduções mensais, dependendo das coloração. No caso da bandeira verde, as contas não sofrem acréscimo. Na amarela, o aumento é de R$ 1,50 para cada 100 kWh. Já na vermelha, a tarifa sofre acréscimo de R$ 3 pelo mesmo consumo.

IPTU - Em Campos, após um levantamento que renovou o cadastro imobiliário, com georreferenciamento,foi aprovado na Câmara, com os votos contrários da oposição, o reajuste do IPTU. De acordo com o vereador Marcão, o reajuste médio é de 31,7%. Ou seja, bem acima da inflação.

Taxa de Iluminação - A polêmica Taxa de Iluminação também sofreu reajuste (31,5%). O valor mensal, que era de R$ 3,50,  passou para R$ 4,60. Os imóveis comerciais vão passar de R$ 10,50 para R$ 13,53.

Outras possibilidades - O departamento econômico do Itaú estima que o superávit primário “oficial” do setor público – que inclui receitas atípicas e malabarismos contábeis – pode subir do equivalente a 0,2% do PIB neste ano para 1,2% do PIB em 2015, desde que o governo eleve tributos em 0,52% do PIB. A instituição prevê que o corte de despesas não passará de 0,34% do PIB. O?restante do esforço ficaria a cargo de estatais, estados e municípios. O Itaú trabalha com a hipótese de que o governo federal vai recompor parte de dois tributos que foram reduzidos nos últimos anos:?o IPI dos automóveis e a Cide da gasolina e do diesel. E também aposta em novos reajustes dos combustíveis nas refinarias, resultando em mais impostos para o governo. Essas medidas, juntas, reforçariam o caixa em R$ 14 bilhões, ou 0,25% do PIB.

Na avaliação do Itaú, o governo teria de conseguir mais 0,27% do PIB, cerca de R$ 15 bilhões, criando ou restabelecendo impostos e contribuições. “Essa hipótese envolve riscos maiores de implementação, pois requereria aprovação do Congresso”, admitem os economistas do banco.

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