Garotinho vai assumir secretaria de Governo em fevereiro
Alexandre Bastos 21/12/2014 20:17
[caption id="attachment_29933" align="aligncenter" width="480"] Facebook/Charles Guerreiro[/caption]

Se na campanha deste ano os rosáceos cantavam "o nosso governador vai voltar", agora já podem dizer: "o nosso governador voltou". Ontem (20), o deputado federal Anthony Garotinho (PR), que chegou a ter o seu nome cotado para assumir um ministério ou uma vice-presidência do Banco do Brasil, reuniu os seus aliados no auditório da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e avisou que, no dia 1 de fevereiro, quando deixa a Câmara Federal, será o secretário de Governo da Prefeitura de Campos. A informação foi publicada no Facebook por Charles Guerreiro, que atua na Ouvidoria da Prefeitura de Campos.

No dia 14 de outubro, após a derrota nas urnas, Garotinho já havia se colocado a disposição da prefeita Rosinha Garotinho (PR) para assumir a secretaria de Governo. Na ocasião, a notícia foi publicada pelo blog "Na Curva do Rio", da jornalista Suzy Monteiro (aqui).

Nova personagem no velho palco - Após travar duelos contra nomes poderosos do estado e se destacar como deputado federal no planalto, tudo indica que o foco agora será a planície, como já ocorreu outras vezes. Porém, com 30 anos de carreira e muito desgaste na bagagem, o velho estilo agressivo não cabe mais. É hora de escolher uma nova personagem. Como ensina a Lei número 25 do livro "As 48 Leis do Poder", um líder precisa se "recriar". "Recrie-se, forjando uma nova identidade, uma que chame atenção e não canse a plateia. Incorpore artifícios dramáticos aos gestos e ações públicas - seu poder se fortalecerá e sua personagem parecerá maior do que a realidade", ensina o livro.

Atualização às 12h30 - Nepotismo - Como muitos comentaristas do blog estão questionando um possível nepotismo, cabe explicar que Súmula Vinculante nº 13, do STF, deixaria uma "brecha" para a nomeação de parentes no primeiro escalão, como "agentes políticos". Esse tipo de nomeação ocorre em diversos municípios do país. Porém, existem interpretações variadas. Para o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS), o entendimento é que a nomeação de agente político fere a súmula vinculante. “Há várias interpretações. Para alguns, o cargo de secretário é de agente político, e então, não se enquadraria em nepotismo e seria legal a nomeação. Já para outros, é considerado nepotismo. É um entendimento divergente”, diz o advogado Juarez Piva.

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