Campos e a "doença holandesa"
Alexandre Bastos 15/12/2014 16:43

 Após o jornalista Ricardo André Vasconcelos informar no Facebook que a previsão orçamentária de Campos para 2015 caiu de 2,5 bilhões para 1,8 bilhão, o economista Ranulfo Vidigal comentou sobre a dependência dos royalties, apontando uma espécia de "maldição dos recursos naturais abundantes". Ele lembra que é o momento de se livrar da chamada "doença holandesa", um fenômeno ocorrido no século passado na Holanda, quando houve descoberta de gás naquele país. Com o "gás" bombando, outros setores acabam enfraquecidos e a política embaralhada. Confira o comentário de Ranulfo:

"Meus caros, estamos diante de duas questões importantes. Sociedades com forte dependência de uma única atividade para financiar seus gastos orçamentários correntes, como é o caso do petróleo cujo preço é definido por relações geopolíticas internacionais são sociedades vulneráveis ao que se denomina de... " maldição dos recursos naturais abundantes" e seu nível de aproveitamento político e econômico dos recursos gerados em favor de uma diversificação de suas atividades produtivas. O grau de encadeamento dos principais setores empregadores da cidade de Campos ( comércio, serviços, construção civil e agricultura canavieira) continua muito baixo e quando o poder público em crise vê-se na obrigação de "enxugar" seus gastos, a geração de renda simplesmente encolhe gerando uma forte sensação de mal estar, pela fraqueza dos demais setores, que não conseguem superar o poderio do poder público hipertrofiado que gera 30% da renda da cidade. Chegou a hora de, mais uma vez, a sociedade e suas lideranças esclarecidas pensar e agir na direção de uma alternativa real à "doença holandesa" ( baixo dinamismo) que infecta nossa atividade produtiva e embaralha nossa vida política".

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