Garotinho ataca oposição e defende "venda dos royalties"
Alexandre Bastos 11/12/2014 13:10

Quem conhece o deputado federal Anthony Garotinho (PR) já estava achando estranho o silêncio do líder rosáceo. De forma estratégica, ele tentou organizar o debate de longe, dando "munição" aos liderados. Porém, ao notar que não estava surtindo efeito, entrou em cena. Na manhã de hoje (11), em seu blog, ele resolveu usar a sua principal arma, o ataque, para defender a chamada "venda dos royalties".

Segundo Garotinho, ''quando as pessoas entram em desespero perdem a noção do ridículo". "Nas últimas eleições nosso grupo político na cidade elegeu dois deputados estaduais (Geraldo Pudim e Bruno Dauaire) e dois federais (Paulo Feijó e Clarissa Garotinho, que foi a mais votada da cidade). A oposição conseguiu eleger apenas um deputado estadual, João Peixoto (PSDC), assim mesmo com votos de fora do município, porque sua votação em Campos seria insuficiente para elegê-lo. Mas para aproveitar a vitória de Pezão no estado não param de me atacar e ao governo de Rosinha para mostrar serviço", afirmou Garotinho, sem citar em momento algum a vitória de Pezão em Campos, no segundo turno, e a boa votação do peemedebista no confronto direto com ele, na cidade, no primeiro turno.

Sem falar sobre obras paradas, empresas sem receber e dificuldades financeiras com um orçamento anual de R$ 2,5 bilhões, Garotinho afirmou que "Rosinha termina o ano com os servidores pagos, 13º em dia, com a Prefeitura livre qualquer restrição no cadastro nacional das prefeituras junto ao governo federal, e com dezenas de obras inauguradas e mais de uma centena em andamento". Na opinião dele, todos os problemas são inventados pela bancada de oposição na Câmara e pela Folha da Manhã.

Ao defender a chamada "venda dos royalties", Garotinho questionou a decisão judicial que barrou a operação e repetiu o discurso utilizado pelo vereador Mauro Silva (PT do B) na última terça-feira. "O vereador Rafael Diniz mentiu a um juiz local afirmando que a Prefeitura queria contrair antecipação de royalties através de lei ordinária, e não, de lei complementar, mesmo sabendo que a aprovação aconteceu como determina a Lei Orgânica do Município. Com a queda do barril de petróleo de US$ 115 para US$ 69, a arrecadação dos municípios produtores de petróleo vem sofrendo perdas, e Rosinha pediu à Câmara autorização para fazer uma operação a ser quitada até fevereiro de 2016, dentro do seu governo", disse Garotinho, que não comentou sobre os "juros" de R$ 54 milhões, valor que supera orçamentos anuais de cidades como Italva, Cardoso Moreira e Itaocara. Assim como a deputada Clarissa Garotinho (aqui), ele também criticou as operações feitas pelo ex-governador Sergio Cabral (PMDB) para defender Rosinha.

Sobre a batalha na Justiça para liberar a "venda dos royalties", Garotinho alega ter "confiança na Justiça Estadual para reverter a covardia feita contra a iniciativa da prefeita".

Pesquisa comemorada - Se as notícias ruins são apontadas como "invenções", as boas são curtidas e compartilhadas pelo deputado Garotinho. Em seu blog, o deputado comentou sobre pesquisa que mostra Rosinha aprovada por 71% da população. Ele não citou a fonte, mas claramente se referia ao levantamento do instituto PRO4, divulgado pela Folha na última terça-feira.

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