O futuro dos funcionários da Cedae de SJB
Arnaldo Neto 30/12/2014 15:49
O Diário Oficial de São João da Barra trouxe nesta terça-feira (30), um decreto no qual a Prefeitura retoma o serviços de captação, tratamento e distribuição de água e tratamento de esgoto, que estava sob o controle da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae), como noticiou primeiro (aqui) o blog Entrelinhas, da jornalista Júlia Maria Assis. O município não vai manter contrato de concessão com a companhia. Se para o consumidor não muda muito, pois não deve ter descontinuidade do serviço essencial, os funcionários da Cedae alegam que receberam a notícia como “uma bomba de fim de ano”. A vistoriante Rita Liberty comentou a situação. Segundo ela, a companhia, de capital misto, conta atualmente com cerca de 100 funcionários no município sanjoanense. “Acabou com o fim de ano de muita gente. Eu tenho residência em Atafona. Sou de Niterói, vim pra cá há oito anos para trabalhar na Cedae. Não sei como isso vai ficar”, indagou. A princípio, os funcionários devem ficar por conta da Prefeitura, já que, no artigo 6º do decreto assinado pelo prefeito Neco, “os bens não reversíveis sejam imóveis, móveis e serviços, incluindo pessoal, serão ocupados temporariamente pelo Município, caso entenda necessário, para evitar a descontinuidade da prestação do serviço público”. “Isso é relativo. Ele deve ficar com o pessoal para treinar os novos. E essa é a nossa dúvida: se quer ficar com o pessoal, vai pagar o mesmo que a Cedae nos paga?”, questionou Rita. A vistoriante da Cedae levanta outro ponto que gera contestação. “A água tem que ser pública. Pior se for entregue para o setor privado, como aconteceu em outros municípios e o serviço continua tão precário como no passado”, afirmou Rita, que creditou problemas de abastecimento a questões naturais como diminuição do nível de água do Rio. Em tempo: A população flutuante do município neste período de verão é de mais de 100 mil, bem diferente da média rotineira de 30 mil. Todos os anos, principalmente no verão, as praias sofrem com falta constante de abastecimento. Além disso, o ano de 2014 foi repleto de falhas pela companhia, que alegava salinidade da água do Paraíba para interromper o serviço.

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