Ponto final — Hirano rejeitado, disputa na Alerj e Marinéa na corda bamba
Alexandre Bastos 02/11/2014 14:41

Tropa não segue o líder

O vereador Paulo Hirano (PR), líder da tropa rosácea na Câmara, ainda não conseguiu emplacar o seu nome para disputar a presidência da Casa. Nos bastidores, mesmo com articulações envolvendo padrinhos poderosos, o parlamentar só teria recebido o apoio de dois integrantes da situação (Altamir e Abdu). Sendo assim, a reeleição de Edson Batista (PTB) passou a ser a prioridade dos rosáceos que não aderiram ao bloco dos “independentes”. É bom lembrar que a presidência da Câmara seria uma promessa ao parlamentar.

Para unir

Se em Campos o grupo do PR trabalha para manter o comando da Câmara, tentando minar as forças da oposição e de um bloco formado por “independentes”, na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) o partido tem feito o inverso. Com sete deputados eleitos, podendo contar com mais um (Pudim), a legenda liderada pelo deputado federal Anthony Garotinho (PR) tenta unir oposicionistas e “independentes” para derrubar o “rolo compressor” do PMDB.

Clarissa no circuito

Nesta última semana, Clarissa convocou os sete deputados que vão compor a futura bancada do PR para uma reunião. Ficou decidido que o partido conversará com PT, Psol e PRB para tentar lançar um nome contra o candidato do PMDB. O bloco pode chegar a 22 deputados, caso os representantes do PC do B e do PSB resolvam se unir aos dissidentes. O objetivo de Clarissa é romper com o que o chama de “polarização PMDB-PMDB”, e sua tese é de que um deputado petista seria o mais indicado para unir os partidos de oposição.

Com o PT A deputada estadual Clarissa Garotinho (PR), que em 2015 assume uma cadeira na Câmara Federal, aposta em uma aliança com o PT para fortalecer a oposição na Alerj. De olho em uma aliança no Rio, a deputada lembra que o PT é parceiro nacional do PR. Mas é bom lembrar que a relação de Clarissa com o PT nem sempre foi de paz. Em setembro de 2013, no plenário da Alerj, a filha do casal Garotinho usou uma máscara do ex-ministro José Dirceu e exibiu um cartaz que dizia: “PT é Mensalão”. A base Hoje, a base governista se divide entre o atual e o ex-presidente da Alerj — Paulo Melo e Jorge Piccciani, respectivamente, que se movimentam nos bastidores para trazer apoiadores para suas candidaturas. O PMDB tem ampla maioria na Casa (15 deputados) e sua coligação poderia chegar a mais de 40 parlamentares. A tarefa de derrotar o PMDB na Casa será difícil. Enquanto o partido não se decide, Jorge Picciani e Paulo Melo já sondaram deputados de diversos partidos pedindo apoio. Mudança na Educação? A reforma administrativa da Prefeitura de Campos, que nos bastidores vem sendo chamada de “degola administrativa”, já começou a gerar especulações. Na Educação, por exemplo, a secretária Marinéa Abude, que por diversas vezes balançou e não caiu, estaria bem próxima de se despedir do cargo. Um grupo defende a entrada da atual subsecretária de Desenvolvimento Econômico, Rosana Juncá. Há também quem queira Suledil Bernardino. Mães mais Tarde Dados divulgados no final da semana pelo IBGE mostram que as brasileiras estão tendo filhos mais tarde e se tornando chefes de família em mais domicílios do país. Os números são comparativos entre os censos de 2000 e 2010. Nesse período, a proporção de brasileiras com ao menos um filho diminuiu em todas as faixas etárias mais jovens. O motivo, segundo o estudo, seria um dos reflexos do aumento da escolarização delas, que optaram por postergar a maternidade para continuar os estudos. Desigualdade Permanece Mesmo estudando mais e conseguindo reverter as desigualdades com relação aos homens na área da educação, ainda há diferenças grandes, segundo a mesma pesquisa do IBGE, que compara os censos de 2000 a 2010. Apesar de mais instruídas elas ainda têm salários menores que os dos homens e três em cada dez brasileiras sequer têm rendimento próprio. Publicado hoje na Folha

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