Na Alerj, Clarissa tenta unir oposição e "independentes"
Alexandre Bastos 01/11/2014 13:12

Se em Campos o grupo do PR trabalha para manter o comando da Câmara, tentando minar as forças da oposição e de um bloco formado por "independentes", na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) o partido tem feito o inverso. Com sete deputados eleitos, podendo contar com mais um (Pudim), a legenda liderada pelo deputado federal Anthony Garotinho (PR) tenta unir oposicionistas e "independentes" para derrubar o "rolo compressor" do PMDB.

Nesta semana, Clarissa convocou os sete deputados que vão compor a futura bancada do PR para uma reunião. Ficou decidido que o partido conversará com PT, Psol e PRB para tentar lançar um nome contra o candidato do PMDB. O bloco pode chegar a 22 deputados, caso os representantes do PC do B e do PSB resolvam se unir aos dissidentes.  Hoje, a base governista se divide entre o atual e o ex-presidente da Alerj — Paulo Melo e Jorge Piccciani, respectivamente —, que se movimentam nos bastidores para trazer apoiadores para suas candidaturas. O PMDB tem ampla maioria na Casa (15 deputados) e sua coligação poderia chegar a mais de 40 parlamentares.

O objetivo de Clarissa Garotinho é romper com o que o chama de “polarização PMDB-PMDB”, e sua tese é de que um deputado petista seria o mais indicado para unir os partidos de oposição. Informalmente, ela já expôs seu “plano” ao deputado Marcelo Freixo (Psol) e a Washington Quaquá, presidente estadual do PT.  O dirigente petista terá de apagar um “incêndio” interno antes da formalização da chapa. Boa parte dos seis parlamentares eleitos pela legenda está fechada com Pezão. “Somos aliados nacionais do PT. Vou intermediar essas conversas. Ainda tem muita coisa importante aqui no Rio antes de ir para Brasília”, afirmou Clarissa.

A tarefa de derrotar o PMDB na Casa será difícil. Enquanto o partido não se decide, Jorge Picciani e Paulo Melo já sondaram deputados de diversos partidos pedindo apoio. Tia Ju e Carlos Macedo do PRB do candidato Marcelo Crivella, já foram procurados pelos dois, e devem dar resposta na próxima semana, tornando incerta a adesão deles ao projeto de Clarissa Garotinho.

O Psol ainda vai discutir o planejamento para 2015. Para Marcelo Freixo, o partido deve conversar primeiro internamente, mas uma frente de oposição seria “difícil”. “Não adianta o Psol se preocupar com isso. Hoje, a cabeça dos deputados é uma, e das direções, é outra.” Fonte: O Dia 

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