A questão do Camelódromo
José Paes 15/10/2014 10:32

A manifestação dos camelôs ocorrida nesta semana retrata diversos problemas da Administração Municipal. O governo, ao mesmo tempo, viola as regras de proteção ao patrimônio histórico - no caso, o Mercado municipal -, e desagrada os feirantes e ambulantes, com falsas promessas e obras atrasadas.

Importante esclarecer ao leitor que, as obras do novo Camelódromo não foram autorizadas pelo COPPAM, Conselho de proteção ao patrimônio histórico, o que já as tornam ilegais. Além disso, os projetos em execução conflitam totalmente com o mercado, impedindo sua visualização. Para que se tenha ideia da gravidade da situação, até a rua que divide o mercado do antigo Shopping popular acabará, para dar lugar a mais bancas de camelôs.

O que penso, é que o prédio do mercado municipal e o seu entorno deveriam ser integralmente preservados e revitalizados. Os Camelôs deveriam ser deslocados para outras áreas. E quando falo em outras áreas, não falo em áreas distantes do centro que inviabilizem suas atividades. O fato é que existem áreas no próprio centro que permitiriam, ao mesmo tempo, uma melhor acomodação dos camelôs e a preservação e revitalização do mercado. O estacionamento que existe na mesma esquina do atual Shopping popular, ao lado da Caixa Econômica, é um exemplo disso.

Na verdade, o que falta é compromisso. Compromisso com a preservação do Mercado e compromisso com os trabalhadores. Enquanto isso, perdem os cidadãos em geral, que convivem com a degradação daquela área da cidade e perdem os trabalhadores, mal acomodados e desamparados.

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