Após respeitar "soberania do povo", Garotinho resolve alegar fraude e desvio de votos
Alexandre Bastos 20/10/2014 15:48

Quinze dias após ficar em terceiro lugar e afirmar que aceitava "a voz soberana das urnas", o deputado federal Anthony Garotinho (PR), que disputou o governo do estado, resolveu espernear e apontar uma suposta armação. Hoje (20), em seu blog, ele comentou sobre um suposto esquema para desviar votos. Ao lado de sua poderosa tropa de advogados, ele protocolou uma Reclamação Eleitoral no TRE-RJ cobrando providências sobre o que ele chama de "manipulação e vícios na votação e transmissão de dados, desde a inseminação até o dia da eleição".

Para dar força ao documento, Garotinho citou a pesquisa Boca de Urna feita pelo Ibope, instituto tão criticado por ele durante toda a campanha, que o mostrava à frente do senador Marcelo Crivella (PRB).  "Orientado por advogados e especialistas em sistemas eletrônicos de voto, resolvi ingressar com uma ação, que hoje foi distribuída no Tribunal Regional Eleitoral, para o desembargador Edson Vasconcelos. O número da reclamação é 794431, e questiona as ligações de uma empresa responsável pela inseminação, votação e totalização das urnas com o Governo do Estado. A empresa além de ser cliente do Estado é defendida pelo escritório de Caputo Bastos, que tem como parceiros de advocacia os senhores Eduardo Damian (chefe de gabinete de Wilson Carlos, secretário de Governo de Cabral, e advogado do PMDB) e Terence Zveiter, que vem a ser primo do ex-presidente do TRE, Luiz Zveiter e do atual deputado federal Sérgio Zveiter, ligados à campanha de Pezão", afirma Garotinho.

Segundo o deputado, o resumo da ação é o seguinte: "em cada urna a cada três votos que eu recebia, dois ficavam para mim, o terceiro era distribuído alternadamente entre Pezão, nulo e branco".

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