Cartadas finais (I)
As disputas pela presidência da República e pelo governo do estado do Rio contaram nesta reta final com reviravoltas no tabuleiro político. No plano nacional, as pesquisas Ibope e Datafolha, divulgadas ontem, mostram o tucano Aécio Neves à frente da ex-senadora Marina Silva (PSB), assumindo a segunda colocação. No Rio, onde as pesquisas mostram o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) na liderança, o movimento mais significativo ocorre nos bastidores, com a possibilidade de um pacto entre o deputado federal Anthony Garotinho (PR) e o senador Marcelo Crivella (PRB).
Cartadas finais (II)
De acordo com o pacto firmado entre Garotinho e Crivella, que disputam uma vaga no segundo turno, quem seguir deve ter o apoio do candidato que ficar pelo caminho. Se Garotinho avançar, o PT não decidiu, mas não descarta a possibilidade de se juntar ao PR e PRB. Garotinho, que durante a campanha disparou forte contra Crivella e Lindberg, já avisou que existem pontos em comum. “Temos mais afinidades do que divergências”, disse o ex-governador, em entrevista ao jornal “O Dia”.
Cartadas finais (III)
Se agora o clima entre Garotinho e Crivella parece ser de paz e amor, durante a campanha foi bem diferente. O candidato do PR chamou o bispo licenciado da Universal de “mentiroso, ingrato, fariseu e encantador de serpentes”. Por sua vez, Crivella disse que “a criminalidade aumentou no governo Garotinho” e insinuou que a ficha do ex-governador é “mais suja do que a do Fernandinho Beira-Mar”. Além disso, em panfletos distribuídos nos quatros cantos do estado, Crivella afirma que apostar em Garotinho é “piorar ainda mais”.
Cartadas finais (IV)
A matéria do jornal “O Dia” informa que Garotinho estaria com dificuldades de arrecadação, dívidas na casa dos milhões e no seu limite físico. Inclusive, com um tom mais humilde do que o habitual, ele revelou não ter um plano caso chegue ao segundo turno. “Eu não sei como eu vou começar a campanha se eu for para o segundo turno”, contou. Experiente em eleições e sem vencer uma disputa para o Executivo desde 1998, Garotinho se preparou para todas as possibilidades. Caso chegue ao segundo turno, vai cobrar o apoio de Crivella. Porém, o ex-governador já tem uma desculpa pronta e um acordo firmado, caso seja o terceiro colocado.
Ponto final deste domingo (05) / Folha da Manhã