Debate: Cabral e Pezão atacados, "dobradinha", e Garotinho isolado
Alexandre Bastos 01/10/2014 02:13

 

Cabral e Pezão atacados - No último debate entre os candidatos ao governo do estado antes das eleições do próximo domingo (05), realizado na noite de ontem (01) pela TV Globo, o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), que busca a reeleição e aparece em primeiro nas pesquisas de intenção de votos, tornou-se o alvo de Lindberg Farias (PT), Marcelo Crivella (PRB), Tarcísio Motta (PSOL) e Anthony Garotinho (PR). Nos primeiros blocos os adversários destacaram por diversas vezes a ligação do peemedebista com o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB). No primeiro bloco, Crivella chegou a dizer que, assim como no conto de Chapeuzinho Vermelho, "a população não percebe que, por trás do rosto de bom moço, está alguém com olhos grandes, mãos grandes e um pezão", disse Crivella, que iniciou o debate bastante agressivo. Na defensiva, alfinetando raramente os oponentes, Pezão optou por destacar avanços do governo, citando números e revelando projetos para o futuro.

Dobradinha entre Crivella e Lindberg - Desde o início de setembro, no segundo debate entre os candidatos ao governo do estado (aqui), Crivella e Lindberg colocam em prática uma "dobradinha". Se no início da campanha Lindberg se posicionava como uma linha alternativa na política do estado, aos poucos o petista foi se transformando em uma linha auxiliar do senador Marcelo Crivella. No debate da TV Globo não foi diferente, com uma "troca de figurinhas" que tinha como objetivo excluir Garotinho do debate e assumir o papel de principal voz de oposição. O dois tabelaram sobre temas como transporte, educação, investimentos em infraestrutura e fiscalização. No final, Lindberg deixou claro qual era o plano. "Podemos tirar o Garotinho do segundo turno e disputar com o Pezão".

Garotinho rejeitado - Pelas regras do debate os candidatos poderiam fazer até duas perguntas para cada adversário. O problema é que esse tipo de fórmula acaba abrindo a possibilidade de um candidato se tornar figurante durante boa parte do tempo. Foi o que ocorreu com o deputado Anthony Garotinho. Como ele era raramente escolhido, só conseguia aparecer quando chegava a sua vez de perguntar. E nas poucas vezes em que apareceu, o ex-governador não conseguiu emplacara grandes duelos. Ao debater sobre segurança pública com o governador Pezão, ele questionou a falta de projetos sociais em conjunto com as UPPs. Pezão afirmou que anteriormente era impossível entrar em diversas comunidades, mas que o governo "agora passou a contar com bibliotecas e diversos projetos culturais". Garotinho, por sua vez, citou o "Jovens Pela Paz" e afirmou que o projeto revelou nomes como Naldo Benny e Mumuzinho. Em pergunta ao senador Lindberg, Garotinho acusou Pezão de ter investido em "termas", casas de massagem, e questionou vazios de incentivos fiscais no governo do PMDB, chamados por ele de "imorais". Se eleito, Garotinho disse que revogará incentivos dados pelo governo Pezão.

Tarcísio seguro - Sem muito a perder, afirmando que "tem rabo de cavalo, mas não tem rabo preso", o candidato do PSOL, Tarcísio Mota se mostrou seguro no duelo com o atual governador, um deputado e ex-governador e dois senadores. Ele perguntou ao governador Pezão onde está o Amarildo, criticou a falta de apoio ao funcionalismo público, cobrou mais concursos públicos e disse que Pezão, Crivella, Garotinho e Lindberg são "quatro cabrais". Em um duelo com Garotinho, ele disse: "Já disse ao ex-governador e repito. O maior mentiroso é aquele que acredita na própria mentira. O senhor não pode chegar aqui e fingir que não se lembra do que foi feito com o funcionalismo público na sua gestão e na gestão da sua esposa, a Rosinha", afirmou.

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