Está muito difícil para o torcedor do estado do Rio acompanhar o seu time. Nenhum dos quatro grandes clubes cariocas joga um futebol de qualidade, pelo contrário até, ou inspira confiança. Estão destinados a serem coadjuvantes no Campeonato Brasileiro, que, no modelo de pontos corridos, exige qualidade do elenco e constância de atuações.
O Flamengo tem um elenco mediano e Luxemburgo vem até conseguindo tirar leite de pedra, mas não deve fugir das posições intermediárias, lá pelo 10º lugar, compatível com a qualidade do time atual. O Fluminense tem até alguns bons nomes no elenco, apesar deles não estarem em boa fase técnica, mas tem sérias deficiências, em especial na zaga e está cada vez mais distante do G4.
O tricolor aliás, não devia nem estar na Primeira Divisão e deve se dar muito por satisfeito. O Botafogo sofre com atrasos de salários e tem um elenco recheado de renegados, como Emerson Sheik. Luta para não cair, apesar de ter elenco melhor do que pelo menos quatro times da parte de baixo da tabela.
Na Segunda Divisão pela 2ª vez em curto espaço de tempo, culpa da incompetente e péssima gestão de Roberto Dinamite, o Vasco luta para se firmar no G4 da Segundona, de forma surpreendente, já que é incomparável a diferença do investimento do time para os seus adversários.
Não me recordo de um clube grande sofrer tanto para subir após a introdução do modelo de pontos corridos na Segundona. Os torcedores fluminenses vão sofrer até o fim do ano, ao menos no Brasileiro. Competições ao estilo mata-mata, como a Copa do Brasil, permite times grandes com elencos medianos serem campeões, vide o Flamengo ano passado e o Palmeiras em 2012.
A mediocridade do futebol praticado não se restringe somente aos clubes do Rio. É geral no Brasil. Exceção feita ao Cruzeiro, virtual tetracampeão brasileiro, o único a praticar um futebol em sintonia com o que vimos na Copa do Mundo. Não foi à toa o nosso pífio desempenho na Copa, culminado com a vexaminosa derrota por 7x1 para a Alemanha. É o retrato do atual futebol brasileiro: medíocre.