Duelo entre Dilma e Marina marca debate na TV
Alexandre Bastos 01/09/2014 19:44

Após a divulgação da pesquisa Datafolha que mostra um empate no primeiro turno e a vitória de Marina Silva (PSB) no segundo turno, a presidente Dilma Rousseff (PT) aproveitou o debate realizado hoje (01), no SBT, para atacar a adversária e tentar reverter o jogo. A presidente abriu o debate listando as inúmeras promessas que candidata do PSB fez, como a de destinar 10% do PIB para a saúde. Em sua pergunta, Dilma quis saber como a adversária ia levantar fundos para pagar todos os seus projetos. "Fazer com que nosso orçamento possa ser acrescido pela eficiência em relação aos tributos recolhidos da sociedade. A sociedade paga muito alto para que as escolhas que são feitas sejam na direção errada”, respondeu Marina, prometendo fazer uma melhor distribuição da arrecadação de impostos.

Dilma acusou a adversária de não ter ser sido clara em sua resposta. “A senhora falou, falou e não disse nada.” Por diversas vezes Dilma deixou a entender que Marina era apenas de "blábláblá".

Segundo bloco: Na segunda parte do debate, os candidatos responderam perguntas de jornalistas. Dilma e Marina mais uma vez concentraram as atenções do debate. Membro da Assembleia de Deus, a candidata falou de dois temas que costumam ter forte rejeição entre os eleitores evangélicos. "Eu não apoio a realização do aborto. Mas, não satanizo quem apoia a descriminalização das drogas ou o aborto. São questões muito complexas e que merecem cuidado", explicou Marina.

Terceiro bloco: O penúltimo bloco se caracterizou por um endurecimento do embate entre Dilma e Marina, em questões como governabilidade. Ambas as candidatas aumentaram o tom ao trocar perguntas entre si. Com isso, o candidato do PSDB ficou em segundo plano.

Após ser confrontada com os resultados fracos nos últimos anos e a baixa aprovação, Dilma voltou a chamar Marina para o embate, questionando a proposta de autonomia do Banco Central. A ex-senadora, por sua vez, afirmou que a presidente tem dificuldade para "assumir seus erros" na política econômica. "Dilma não consegue fazer uma coisa essencial, que é reconhecer os erros. Se não reconhece, não tem como reparar. Ela disse que ia controlar inflação, aumentar o crescimento e baixar os juros. Hoje temos o contrário. Quando as coisas vão bem, é 100% de louros para o seu governo. Quando vão mal, é culpa da crise internacional", disparou Marina.

Segundo a presidente Dilma, a queda na atividade econômica é "momentânea" e culpou a seca, os feriados e conjuntura econômica internacional. "Não estamos em recessão", disse Dilma explicando: "A inflação está próxima de 0, o crédito ampliado, a bolsa se valoriza há sete meses e o Brasil é o quinto país que mais recebe investimento. EUA, Japão e Alemanha tiveram crescimento negativo. A nossa diferença é que não enfrentamos a crise desempregando nem arrochando salário".

Aeromóvel em Campos: Ao debater com o tucano Aécio Neves sobre os investimentos do governo federal em mobilidade urbana, a presidente Dilma citou como uma de suas ações o "aeromóvel em Campos". Tudo indica que a presidente se referiu ao projeto em parceria com o governo Rosinha Garotinho (PR), orçado em R$ 462 milhões. Só faltou explicar que a proposta ainda está no papel.

Além de Dilma, Aécio e Marina, também participam da discussão de propostas os candidatos Eduardo Jorge (PV), Luciana Genro (PSOL), Pastor Everaldo (PSC) e Levy Fidelix (PRTB).

Caiu na rede: Após o candidato Levy Fidelix criticar o jornalista Kennedy Alencar, por ter insinuado que o pequeno PRTB é um "partido de aluguel", coube ao candidato Eduardo Jorge comentar sobre o tema. Porém, o candidato do PV não quis entrar na discussão e disse: "Eu não tenho nada a ver com isso". O comentário gerou risos no estúdio e caiu nas graças dos internautas, que fizeram diversas montagens.

Daqui a pouco, mais informações 

* Com informações do "O Dia"

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