Tipos de treinos longos que utilizo
Marcos Almeida 05/08/2014 05:37

Devido a sua grande importância, e com o objetivo de estimular os corredores mais experientes num formato diferente de treinamento, e todos com um ótimo lastro, tenho aplicado vários tipos de treinos de endurance, os conhecidos longões.

Sem querer me alongar sobre os seus efeitos, que causam adaptações em todo o organismo, desde a queima de combustíveis específicos até um amadurecimento psicológico, este treinos que são considerados de qualidade, tem muita importância no planejamento, assim como todos os outros.

Tenho feito experiências com as mais variadas formas de chegar a estes objetivos. Tenho a preocupação de recrutar os corredores mais experientes para realizar estas propostas, onde após o cumprimento das meta, recebo um feedback bem interessante por parte deles ou mesmo observando os resultados nas provas.

O 1º tipo é o clássico: rodagem homogênea, ou seja, aquecimento mais a quilometragem num mesmo pace (incremento em todos os treinos a rodagem de 2km como aquecimento também nos treinos longos, que fazem parte do volume total proposto);

O 2º tipo é o progressivo: começo com um pace conservador e avanço para um pace menor simulando um split negativo, as vezes dividindo o treino em 3 ou 4 partes (a 1ª parte da prova é mais lenta que a segunda).

O 3º tipo é o fracionado: coloco um volume menor e mais tranquilo no sábado e aumento o volume e intensidade no de domingo (por exemplo: para 34km como foco, coloco 12 km no sábado e 22 no domingo). Utilizei num corredor este ano que correu a Maratona de Tóquio. Como os treinos foram realizados em pleno verão, com o nosso calor absurdo, parece que colhemos um bom resultado;

O 4º tipo é o intervalado: após o aquecimento, divido uma determinada distância, sempre focada no volume semanal e no volume do longo (costuma-se focar apenas no aumento do treino de endurance, esquecendo que o volume mais importante na hora do planejamento é o semanal). O intervalo cotuma ser passivo, retornando a atividade no último minuto desta parada para já começar no pace ou próximo do pace no novo estímulo.

Peço apenas que tenham cuidado na realização destas propostas, pois utilizo os mais tenso apenas nos alunos que tenham uma maior rodagem e um bom tempo de prática. Para a definição de corredor avançado, considero o tempo de prática em torno de 5 anos de treinos e competições.

Tenho, através destes métodos, alcançado bons resultados em provas longas - Maratonas, meias-maratonas. Como tenho um grupo talentoso, inteligente e com muito foco, onde as planilhas são bem horizontais - com a participação deles nas análises das propostas - meu trabalho é facilitado.

Bons treinos!

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    Sobre o autor

    Marcos Almeida

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    Marcos Almeida é assessor esportivo, especialista em Ciência da Musculação e mestre em Ciência da Motricidade Humana.

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