Estive em Pernambuco quatro vezes nos últimos 7 anos, todas elas na gestão de Eduardo Campos, sempre passando por Recife, capital que mais aprecio no Nordeste. As duas primeiras em 2007, no 1o ano dele como governador do estado. Voltei em 2009, no 3o ano do seu 1o governo. Tenho o costume de sempre perguntar aos moradores das cidades que visito, seja a trabalho ou lazer, sobre política, indagando sobre o prefeito, governador e outras personalidades políticas locais. Pergunto também sobre o que acham do presidente e se conhecem os nossos digníssimos políticos fluminenses. Em todas as vezes que perguntei sobre o governo de Eduardo Campos aos pernambucanos ele foi uma unanimidade positiva. A vez que mais impressionou foi justamente a última, no ano passado, no penúltimo ano do segundo mandato como governador, quando normalmente os políticos estão no auge do desgaste. A boa impressão acabou gerando uma nota postada aqui, em fevereiro de 2013. Esta imagem se dissipou um pouco na nossa luta bairrista pelos royalties dos municípios fluminenses, que teve Eduardo Campos como um dos principais algozes. Na campanha presidencial fui aos poucos o conhecendo melhor, me impressionando a sua obstinação, tenacidade, sagacidade na conquista de Marina Silva e alguns de seus posicionamentos. Eduardo Campos era um dos possíveis votos meus, embora ainda com menor intensidade. Quis o destino que ele entrasse definitivamente para a história do país de forma trágica, no auge de sua carreira. Que Deus ilumine a sua família e dê luz a Marina Silva em sua difícil disputa pela presidência contra Dilma Rousseff e Aécio Neves.