O dia seguinte
Christiano 15/08/2014 00:24

A trágica morte ontem de Eduardo Campos, então candidato à Presidência, trará grandes consequências políticas para as eleições. A tendência natural é Marina Silva, vice de Eduardo na aliança, ser alçada à condição de candidata a presidente, deixando o PSB agora com a vice.

O partido não tem nenhum outro nome de densidade eleitoral para ser a cabeça da chapa e qualquer alternativa a isto deixaria, na teoria, a eleição para ser decidida entre Dilma Rousseff e Aécio Neves em um plebiscito já no primeiro turno.

Marina Silva já é conhecida nacionalmente, tendo disputado as eleições de 2010 com expressiva votação. Naquela ocasião, ela alcançou 19,7 milhões de votos, equivalentes a 19,3% dos votos válidos, garantindo o 2º turno entre Dilma e José Serra. A candidatura de Marina agora praticamente garante novamente o segundo turno. O Datafolha está nas ruas para medir este novo cenário.

Marina deve aparecer com dois dígitos, já fazendo com que a soma dos candidatos ultrapasse as intenções de voto em Dilma. A comoção em torno da trágica morte de Eduardo pode ser um fator motivador a mais da nova candidatura. Terão que ser também contornados os problemas e restrições de Marina a algumas alianças feitas pelo pernambucano.

Ao mesmo tempo em que deve tirar as chances de vitória de Dilma no primeiro turno, Marina pode também ameaçar a ida de Aécio Neves, então consolidado no 2º lugar com ampla vantagem sobre Eduardo Campos, para o segundo turno. A conferir os próximos números e desdobramentos.

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    Christiano Abreu Barbosa

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