"A prefeita está prefeitando a que horas?"
O jornalista Ricardo André Vasconcelos fez uma pertinente observação e proposta à prefeita Rosinha, empenhada na campanha do marido, o candidato a governador Anthony Garotinho: Que se licencie para dedicar-se mais a sua atual prioridade.
Observadores com algum juízo acham que a prefeita Rosinha Garotinho deveria pedir licença do cargo para dedicar-se, em tempo integral, ao trabalho de cabo eleitoral da campanha do PR e não deixar brecha para falação da turma da oposição. De fato, não fica bem a prefeita aparecer, em dias úteis em eventos de campanha fora da cidade, como no almoço no restaurante popular esta semana, com a presidente Dilma no Rio, ou em caminhadas pelas cidades vizinhas. Sem falar na apresentação diária do programa de rádio do marido, onde distribui cobiçados prêmios.Além disso, teme-se que se o TRE apertar mais a fiscalização na cidade, pode sobrar para a prefeita, haja visto o evidente engajamento dos seus subordinados na campanha e, por conseguinte, da máquina pública.De acordo com a nova Lei Orgânica do Município, em vigor a partir desta semana, a prefeita poderia valer-se do artigo 75, inciso III para pedir licença, sem remuneração.Fica a sugestão.
Lembrando 2004, quando o então secretário estadual Garotinho ia às ruas pedir votos para tentar eleger Geraldo Pudim prefeito de Campos e as consequencias daquela campanha - embora todas devidamente revertidas depois - é possível concordar com Ricardo.
Se o MP Eleitoral ainda não está vendo isso, a população está. No dia do almoço com Dilma, um grupo de adolescentes parou para ver a reportagem sobre o assunto e uma perguntou: "A prefeita está prefeitando a que horas?".
Isso sem falar que, a noite do mesmo dia, ela teve grande reunião junto com o vereador Albertinho. Fica a dúvida.
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