"Todos querem enfrentá-lo no 2º turno", diz Crivella sobre Garotinho
Alexandre Bastos 19/08/2014 13:58

Horas antes do primeiro debate televisivo entre os candidatos ao governo do Rio, na noite desta terça-feira, às 22h, na TV Bandeirantes, o candidato do PRB, Marcelo Crivella, segundo colocado nas pesquisas, afirmou que, embora seja o líder nas intenções de votos, Anthony Garotinho (PR) não deve ser o alvo preferencial de seus principais adversários — além de Crivella, o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) e o petista Lindbergh Farias.

Crivella justificou sua estratégia com a alta rejeição de Garotinho — na última pesquisa Datafolha, divulgada há quatro dias, 40% dos eleitores declararam que não votariam no ex-governador de jeito nenhum, um número muito maior que os de Pezão (20%), Lindbergh (20%) e do próprio Crivella (16%). Assim, segundo a avaliação do ex-ministro da Pesca, a tônica da campanha no primeiro turno tende a ser uma disputa entre ele, Pezão e Lindbergh por uma vaga no segundo turno. — Não acredito (que Garotinho seja alvo principal no debate por liderar as pesquisas). O Garotinho tem uma rejeição muito alta, e acho que é consenso, entre todos os outros, que ir com ele para o segundo turno é algo que pode dar uma boa esperança de vitória — afirmou Crivella, durante panfletagem na estação de metrô de São Cristóvão.

Na última pesquisa Datafolha, Garotinho teve 25% das intenções de voto. Crivella apareceu em segundo (18%), tecnicamente empatado com Pezão (16%). Em seguida, veio Lindbergh (12%). Este resultado representou uma queda de Crivella, que havia marcado 24% na pesquisa anterior. Esta tendência pode ser agravada com o início, nesta quarta-feira, da propaganda eleitoral de TV, em que Crivella é o que possui, entre os quatro, menor tempo de exposição (pouco mais de um minuto).

O candidato do PRB procurou minimizar esta desvantagem com uma provocação ao governador Pezão (PMDB), disparadamente o que terá o programa de maior duração (mais de nove minutos): "O PMDB tem uma tradição: muito tempo e pouco voto. Isto é assim desde o Ulisses Guimarães (na campanha presidencial de 1989), que tinha mais de 20 minutos e ficou lá atrás", disse Crivella, sem se abalar ao ser lembrado que o PMDB venceu as três últimas eleições para o governo do Rio, uma com Rosinha Garotinho e duas com Sérgio Cabral. "Ganhou com o apoio de todo mundo. O PMDB, sem o PT, sem o Crivella e outros líderes políticos do Rio... Se for só com os partidos pequenos vai ter muito tempo e pouco voto", disse.

Fonte: O Globo 

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